Acusada de assassinar grávida e roubar bebê está no presídio de Chapecó

Policial
Chapecó (SC) | 10/09/2020 | 14:46

Informações: Oeste Mais e Clic RDC
Foto: Divulgação

A mulher acusada de assassinar a professora Flávia Godinho Mafra, que estava grávida e teve o bebê roubado, foi transferida para o Presídio Feminino de Chapecó (SC). A informação foi confirmada por uma fonte do Complexo Penitenciário do município ao site ClicRDC. O crime ocorreu no município de Canelinha (SC). O bebê ficou dez dias internado e recebeu alta do hospital nesta semana.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) informou à reportagem que, como trata-se de um crime de alta comoção social, informações sobre os envolvidos no caso não serão divulgadas pelo setor.

A suspeita Rozalba Grimm e o marido foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na tarde do dia 4 de setembro. Conforme o MP, a denúncia é pela possível prática dos crimes de feminicídio, tentativa de homicídio, parto suposto, subtração de incapaz e ocultação de cadáver.

O crime

O corpo de Flávia Godinho Mafra foi encontrado em um forno de cerâmica desativado, no dia 28 de agosto. Provas do inquérito policial, elaborado pela Polícia Civil, apontam que, no dia 27 de agosto, a investigada teria levado Flávia para um local afastado, para supostamente participar de um chá de bebê surpresa.

Após chegar no endereço, a suspeita teria golpeado a vítima com um tijolo e utilizado um estilete para realizar o parto, de forma precária, e roubar o bebê. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima, informou o Ministério Público.

Em seguida, a mulher teria encontrado com o companheiro e ido ao Hospital de Canelinha, onde informou que havia dado à luz a criança, em via pública, e solicitou ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, que deu início às investigações.

Além do feminicídio, o casal é suspeito de colocar em risco a vida do recém-nascido, que teve ferimentos após ser retirado da barriga da mãe e precisou ser transferido do Hospital Municipal de Canelinha para outra unidade hospitalar, melhor equipada.

“Entendemos que havia justa causa para oferecer a denúncia contra ambos, que demonstram ser imputáveis. São capazes de entender o caráter ilícito da conduta e de se determinar de acordo com esse entendimento. Compreendiam muito bem o que faziam e quais as consequências, e todas as demais circunstâncias dos crimes estão embasadas nas provas coletadas no inquérito policial”, afirmam os Promotores de Justiça responsáveis pelo caso.

A denúncia já foi recebida pelo Judiciário e agora inicia o devido processo legal. O MPSC requer que os denunciados sejam submetidos ao julgamento do Tribunal do Júri da comarca de Tijucas.