Associação Protetora de Animais pode ser declarada utilidade pública

Política
São Lourenço do Oeste | 26/05/2015 | 09:03

Autor: Marcelo Coan
Foto: Arquivo/Minutta

Tramita na Casa de Leis de São Lourenço do Oeste o projeto de lei que declara como utilidade pública a Associação Protetora de Animais de São Lourenço do Oeste Fênix. O projeto, de autoria do vereador Alex Cleidir Tardetti (PMDB), segue sendo analisado pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação. A relatoria tem até o dia 2 de junho para emitir o parecer.

Tardetti contou que o objetivo é dar condições para que a Fênix possa pleitear recursos junto ao município e ao Estado para manter as atividades. Ele justifica o projeto com argumentos de que se trata de uma entidade social que garante saúde pública para o município.

“A declaração de utilidade pública para uma entidade é a comprovação de que ela existe formalmente, ou seja, tem ata, eleição e posse, estatuto social registrado em cartório, um CNPJ vigente e está apta a pleitear recursos a nível municipal e estadual”, disse ele lembrando que se trata de um documento básico de exigência dos órgãos públicos. Segundo o vereador, a sociedade sabe da existência da entidade, pois quando há algum animal abandonado de imediato os voluntários são contatados.

Entidade

De acordo com a presidente da Fênix, Morgana Kolling, a entidade atua no município de São Lourenço do Oeste e região desde 2013. Segundo ela, a instituição surgiu com a ideia de atender animais de um modo geral, contudo, a maior demanda é cachorros e gatos.

Morgana explica que o atendimento é feito dentro das condições dos voluntários. “Como não temos sede nem verba fixa, dependemos de que um animal recolhido seja adotado para outro ser recolhido. Quando o caso é de urgência, mobilizamos a população para resolver o problema”. Conforme a presidente, as pessoas podem ajudar com, por exemplo, lar provisório ou encaminhando o animal para atendimento veterinário. “Como todos os voluntários trabalham e nem sempre conseguem se deslocar no momento do chamado é necessário que a população atue para salvar a vida do animal”.

Sobre as ações, Morgana fala que a entidade busca fazer um trabalho de conscientização e orientação, principalmente sobre o cuidado e respeito aos animais, atendimento, abrigo, tratamento e adoção. O trabalho é realizado por 15 voluntários.

Dificuldades

Hoje, conforme a presidente da entidade, entre as dificuldades está o aumento de animais abandonados e a falta de recursos. Ela explica que 90% dos animais recolhidos precisam de atendimento veterinário urgente. “As despesas são sempre muito altas”. A falta de local para abrigar os animais é outro problema, pois os poucos voluntários sempre estão lotados. “Procuramos o Poder Público objetivando a licitação de alguma clínica veterinária ou a disponibilização de um veterinário público para atendimento, mas tivemos a resposta de que não há verbas”, lamenta a presidente.

Adoção

Embora exista a vontade de implementar um programa de castração, no momento as ações são de conscientização e orientações. “O Brasil tem mais de 30 milhões de animais abandonados, só entre cães e gatos. A adoção poderia ser a solução. O problema é que a maioria das pessoas busca filhotes sadios e que não sejam vira-latas. Querem animais de raça pura, sem sequelas e sem uma história triste. A maioria das pessoas adota um animal pela estética e não pelo amor”.