Informações: Diário do Sudoeste
Foto: Lucas Piaceski

A maioria das universidades particulares oferece financiamentos próprios, mas no Brasil existe o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), um programa do Ministério da Educação (MEC) destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitos. Conforme informações do MEC, podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos.

Mas há alguns anos, a crise econômica tem abalado diversos setores do país, e com a educação não é diferente. No caso do Fies, houve atraso da União aos repasses das mensalidades de alunos que utilizam o fundo do financiamento, e tem feito com que faculdades, centros universitários e universidades particulares reduzam as vagas ofertadas pelo programa.

Em Pato Branco (PR), Géri Natalino Dutra, secretário de Ciência e Tecnologia, e também coordenador do Fies e ProUni na Faculdade Mater Dei, disse que a situação não é positiva em 2016. “Infelizmente, os contratos ainda não foram aditivados no segundo semestre e a faculdade está sem receber os valores devidos pelo MEC desde agosto. Como o semestre já tinha se iniciado, os acadêmicos estão frequentando normalmente as aulas, e a instituição é que está arcando com os prejuízos.”

Atualmente, a Mater Dei conta com mais de 600 contratos pelo Fies, número que vem diminuindo nos últimos anos, pelo fato do próprio governo reduzir o número de vagas disponíveis para todos os cursos. A redução se dá também pela imposição de restrições adicionais que tem dificultado a obtenção do financiamento, ressalva o coordenador.

As vagas do Fies, para cada universidade, são definidas pelo MEC. E até hoje, segundo informou Géri, não havia acontecido qualquer problema nos recebimentos. “Somente neste semestre é que começou o atraso”, pontuou. Ele disse também que dificilmente a instituição diminuirá o número de vagas se estes problemas forem sanados. E entende a importância do financiamento para grande parte dos estudantes: “Muitos acadêmicos só conseguem frequentar o ensino superior devido ao Fies."

Insegurança

Diante dessa realidade, as instituições privadas têm vivido uma grande insegurança. Sem receber os repasses do Fies, é possível que haja incertezas na renovação das matrículas para 2017. Contudo, a política adotada pela Faculdade de Pato Branco (Fadep), no que se refere ao número de vagas, continua a mesma. A faculdade entende a importância do Fies para o aluno e para sua permanência no ensino superior.

Hoje, a faculdade mantém aproximadamente mil alunos contemplados com o financiamento. Um número que tem diminuído desde 2015, devido às novas regras impostas pelo MEC, e não por vontade da instituição.