Audiência pública: comunidade diz viver clima de insegurança

Geral
São Lourenço do Oeste | 24/10/2015 | 10:46

Autor e fotos: Angela Maria Curioletti

Através de uma indicação do vereador Valmir Maboni (PT), aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal, na noite de sexta-feira (23) realizou-se uma audiência pública para tratar questões de segurança de São Lourenço do Oeste. Ao todo, 11 autoridades formaram a bancada de debatedores. Por ordem de sorteio, cada um deles comentou sobre a segurança pública do município e do Estado, propostas para melhorar e até mesmo apresentação de dados. O presidente da Câmara, Edu Antônio Borges (PT), foi quem conduziu os trabalhos.

Desde o fim de 2014, o município tem a ajuda de dez câmeras de videomonitoramento, com a central instalada no quartel da Polícia Militar. Todos concordam que o sistema tem ajudado no combate a criminalidade, mas como as câmeras ficam no centro, a insegurança aumentou nos bairros e no interior.

Uma cobrança levantada na audiência pública foi novamente pela construção da Unidade Prisional Avançada (UPA), onde o município doou o terreno para o Estado ainda em 2009, localizado na comunidade de São Paulinho. Leandro Soares Lima, secretário adjunto da Justiça e Cidadania, esclareceu algumas coisas a todos. Primeiro que o modelo UPA não é mais construído desde 2011. Ele diz que são unidades pequenas – cerca de 70 vagas – e que demandam de um custo muito alto. Hoje, o Estado adota o sistema de presídio, onde são 120 vagas. Lima diz que para São Lourenço do Oeste existe o projeto e a previsão de execução do presídio para o segundo semestre de 2014, “salvo outra situação econômica que impeça isso”.

Judiciário

O juiz da comarca lourenciana, Daniel Victor Gonçalves Emendorfe, diz ter a impressão de que a juventude é muito ociosa, um início para as drogas ilícitas e o álcool. Sua sugestão é para que ao invés de serviços comunitários, o jovem, o menor, ao cometer a infração, faça cursos profissionalizantes através de um projeto social iniciado pela classe empresarial. Ele comentou que em outras cidades este projeto tem dado certo.

Polícia Civil

O delegado regional, Carlos Augusto de Andrade Morbini, falou do trabalho da Polícia Civil e de algumas dificuldades. Sobre dados, diz que em 2015 há nove casos de roubos sendo apurados (sete sendo desvendados), em 2014 foram três (dois resolvidos) e em 2013 fora dois (ambos resolvidos).

Morbini também enalteceu o trabalho da Divisão de Investigação Criminal de Fronteira (DICFron), que prendeu 13 pessoas em 2014 e já foram sete em 2015, todas acusadas de tráfico de drogas e roubo. Em 2015 também foram realizados 63 autos de prisão em flagrante, com 68 pessoas detidas. Destas, quatro ainda estão presas.

Polícia Militar

O capitão da Polícia Militar, Evandro Vieira, falou que a sensação de insegurança existe, mas os dados mostram que 2015 teve um número menos de furtos e roubos com relação a 2014, no período de janeiro a setembro. Ele diz que o índice é 39,05% menor em 2015.

Demais autoridades

Também participaram da audiência pública o prefeito, Geraldino Cardoso, o secretário regional de São Lourenço do Oeste, Walmor Pederssetti – representou o deputado estadual Valdir Cobalchini (PMDB) -, os deputados estaduais Luciana Carminatti (PT) e Dirceu Dresch (PT), o diretor de polícia de fronteira, Adeen Claus Ceder Pereira – representou o secretário de Segurança Pública, César Augusto Grubba -, o tenente dos bombeiros, Rangel Kehl, e o presidente da Associação de Amigos de Apoio da Segurança Pública, Antonio Silveira.