Bancários entram em greve nesta terça por tempo indeterminado

Geral
Chapecó | 05/09/2016 | 15:38

Informações: Seeb Chapecó e Agência Brasil
Fotos: Seeb Chapecó

Bancários de todo o país entram em greve nesta terça-feira (6), depois de rejeitar a proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As reivindicações incluem reajuste salarial, reposição inflacionária de 5%, antecipação e reajuste na participação dos lucros, aumento do piso salarial, aumento do vale alimentação, melhores condições de trabalho e plano de carreira.

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, Lourenço Prado, o movimento tem prazo indeterminado e não prejudicará a população. “A greve é nacional e com prazo indeterminado, porém os caixas vão continuar funcionando e os correspondentes bancários também funcionam normalmente. A população não será afetada, os clientes especiais poderão ser atendidos conforme acordo com o sindicato. Não queremos trazer prejuízo à população, só vamos reivindicar nossos direitos”.

Prado disse ainda que a proposta apresentada está abaixo da inflação do período, que é de 9,57%. O pedido da categoria é de pelo menos 5% de aumento real. "Nossa reivindicação é de pelo menos 15% de reajuste salarial. O que eles oferecem é 2,8% abaixo da inflação do período", disse.

A proposta da Fenaban, rejeitada pela categoria, é de reajuste de 6,5% (para uma inflação de 9,57%) e abono de R$ 3 mil, que não incide sobre os salários, nem sobre o FGTS, as férias ou o décimo terceiro.

Região

Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região (Seeb Chapecó), Luiz Angelo Coan, a Campanha Nacional dos Bancários deste ano marca a resistência da classe contra uma sequência de ataques aos bancários, que se agravou no último ano, com o fechamento de postos de trabalho – quase sete mil só no primeiro semestre de 2016 – e o adoecimento físico e mental dos empregados.

Junto com isso, Coan diz que há a perda salarial proposta pela Fenaban. “Isso não faz nenhum sentido frente ao lucro de quase R$ 30 bilhões dos principais bancos do país nos primeiros seis meses do ano”, afirma.

Segundo o presidente do Seeb Chapecó, a categoria percebe com clareza uma piora na qualidade do atendimento prestado a população, em geral motivada especialmente pela redução nos postos de trabalho, pelo acúmulo de atividades e pela pressão na venda de produtos de maneira pouco sustentável. “Por isso, a luta da categoria é uma luta de todos e, acima de tudo, um ato cívico de resistência frente ao setor que mais lucra no país."