Barragem rompe na Bahia e 350 famílias são retiradas de suas casas

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Pedro Alexandre (BA) | 11/07/2019 | 19:20

Informações: UOL

A barragem do Quati, em Pedro Alexandre, cidade que fica a 435 quilômetros de Salvador (BA),
se rompeu quase completamente por volta de 11h desta quinta-feira (11), após fortes chuvas que atingiram a cidade, que fica na divisa entre Bahia e Sergipe. O rompimento inundou casas, bloqueou estradas e fez com que 350 famílias fossem retiradas de suas casas em Coronel João Sá, cidade vizinha que fica numa região abaixo da barragem.

Cerca de 40% da área urbana da cidade, que tem 17 mil habitantes, está submersa. Até o fim da tarde não havia registro de feridos e vítimas. “Muito difícil a situação, estamos no meio de um caos. No centro da cidade, a água está batendo nossa barriga”, afirma Diego Santos, chefe da Defesa Civil de Coronel João Sá, que atua no resgate das vítimas.

A maioria das famílias que vivem nas partes baixas da cidade já foi retirada de suas casas. Mas equipes da prefeitura ainda trabalham no resgate de pessoas que ficaram ilhadas.

A prefeitura ainda não sabe estimar quantas pessoas foram desalojadas. Cinco escolas da cidade foram disponibilizadas para receber os desabrigados. Em Pedro Alexandre, foram atingidas apenas três casas que ficam nas proximidades da barragem. As famílias já foram retiradas do local. Os dois acessos viários para a barragem foram tomados pela água.

De acordo com o diretor-superintendente da Defesa Civil da Bahia, Paulo Sergio Menezes Luz, a barragem ainda não rompeu completamente. “Ela começou um processo de rompimento no sangradouro, como se tivesse aberto uma brecha, mas ainda não rompeu completamente. De qualquer forma, já tem muita água saindo dela”, afirmou.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito de Coronel João Sá Carlos Sobral pediu que os moradores deixassem suas casas. “É uma situação atípica, nunca aconteceu isso com essa barragem e nós não sabemos das consequências. Eu peço encarecidamente a todas as pessoas que morem nas áreas de risco que saiam de suas casas”, afirmou.

O Inema, órgão ambiental do governo da Bahia responsável pela fiscalização de reservatórios de água, ainda não se posicionou sobre o rompimento da barragem.