Cães que sofriam maus tratos são recolhidos pela polícia

Geral
Chapecó | 21/11/2015 | 22:32

Informações: Tudo sobre Chapecó
Foto: Polícia Militar

Na quinta-feira (19), na rua Ari Giuriati, bairro Passo dos Fortes, em Chapecó, a Polícia Militar, em parceria com o grupo de voluntárias do Força Animal Chapecó, realizou o resgate de três cães que estavam em situação de risco, extremamente debilitados após provável privação de alimentos, locomoção e cuidados veterinários.

A ocorrência iniciou ainda na manhã do dia anterior, quando a Polícia Militar recebeu, através do 190, uma denúncia de maus tratos no local, onde os animais ficavam amarrados e sem nenhuma condição. Uma guarnição de radiopatrulha do 2º Batalhão de Polícia Militar/Fronteira (2º BPM/Fron) foi até o local e constatou o fato, lavrando um Termo Circunstanciado em desfavor do proprietário, um homem de 66 anos, que declarou que “tratava dos animais como podia”. Ele responderá pelos maus tratos com amparo no artigo 32 da lei 9.605/98, com pena de detenção de três meses a um ano e multa.

Sem um local apropriado para deixar os animais e devido à situação que exigia uma intervenção imediata, os policiais militares entraram em contato com os colegas da 5ª Companhia de Polícia Militar Ambiental, também de Chapecó, vizinha ao 2º Batalhão, que através de seus contatos pediram ajuda ao grupo Força Animal Chapecó, que se dispôs a recolher e tratar os animais.

No local foram resgatados três cães, que após recuperados estarão disponíveis para adoção responsável, onde tenham atenção, carinho e os cuidados necessários. Um deles estava em melhores condições e somente alimentação e cuidados bastará. Outro, da raça Boxer, foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor, recebeu alta no mesmo dia e ainda precisa tratar uma bicheira nas costas. O terceiro, mestiço de Pitt Bull, estava mais debilitado, sendo encontrado embaixo da casa em avançado estado de desnutrição e talvez anemia, tendo que ficar internado inicialmente.

Ocorre que o Força Animal Chapecó não é um órgão público específico para isso, nem uma ONG, não recebe recursos, se mantendo apenas com recursos próprios do grupo de voluntárias e de doações, sejam elas em dinheiro, ração, medicamentos, veterinários ou até mesmo de tempo e local de pessoas que se dispõem a ajudar, sendo tutores dos animais resgatados até a doação.

Cada contribuição, por menor que seja, é importante para ajudar a salvar aqueles que, apesar do comportamento cada vez mais “humano”, ainda são muitas vezes tratados com o pior lado dos humanos.