Cartomante Mãe Priscila é condenada a mais de 21 anos de prisão em Chapecó

Policial
Chapecó (SC) | 05/01/2022 | 07:24

Informações: Diário do Iguaçu
Foto: Polícia Civil

O Poder Judiciário condenou a cartomante "Mãe Priscila" em 21 anos, 2 meses e 12 dias. A condenação é em decorrência de sete estelionatos e 12 extorsões. A informação é da Polícia Civil de Chapecó (SC).

Ainda conforme a polícia, ela também foi condenada a restituir valores na casa de R$ 321.149,77 às vítimas, como forma de reparação pelos danos sofridos. Quanto aos demais envolvidos, um deles morreu durante o trâmite do processo e o outro foi absolvido em primeira instância, mas o Ministério Público está recorrendo da decisão. A quarta pessoa envolvida foi condenada a 4 anos e 8 meses de reclusão, além do pagamento de R$ 221.099,00 às vítimas, como forma de reparação da extorsão praticada.

Relembre o caso

Uma associação criminosa, liderada por uma cartomante - e pode ter dado prejuízos que ultrapassam os R$ 900 mil - foi alvo da Operação Vigário, resultado da investigação realizada pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Chapecó e realizada na cidade de Curitiba (PR) na manhã do dia 7 de outubro de 2020.

Conforme o delegado Thiago Oliveira, da 1ª DP de Chapecó, a investigação iniciou no começo de 2020, com o registro de Boletins de Ocorrência e relatos de pessoas que procuraram a cartomante, que atuava em Chapecó, e prometia solução dos problemas das vítimas, mas para isso cobrava valores. 'Algumas pessoas levavam quantias exorbitantes', detalhou na época.

O delegado contou ainda que um dos casos, uma vítima entregou à vidente o montante de R$ 270 mil. Para alguns, ela pedia quantias sob a justificativa de 'fazer correntes e benzer o dinheiro', com a promessa de devolver, mas não o fazia. Quando cobravam a devolução eram intimidados pelos outros membros do grupo.

Intimidação

Além da conselheira espiritual, outras três pessoas foram apontadas como integrantes da associação criminosa. O delegado comentou que estas pessoas a auxiliavam no recebimento das pessoas, também a intimidar vítimas que fossem cobrar os valores não devolvidos ou pelo trabalho que não deu o resultado prometido. Também cediam suas contas pessoas para depósito dos valores recebidos pela cartomante.

Prisão

A 1ª Delegacia de Polícia de Fronteira de Chapecó, realizou a prisão da criminosa com apoio do Serviço de Inteligência do Bope do Paraná no dia 24 de fevereiro de 2021. A mulher identificada como Priscila Pérola Janoviche, que em Chapecó era conhecida como 'Mãe Priscila', estava foragida desde 2020, mas seguia trabalhando normalmente na cidade de Castro, no Paraná, e atendia como 'Benzedeira Patrícia'.