Coordenador regional do PMDB fala sobre cenários para o partido no Estado

Política
São Lourenço do Oeste | 11/09/2013 | 10:05

Autor: Marcelo Coan
Foto: Arquivo Minutta

Assim como em muitos partidos, recentemente a sigla que compõe a base aliada do atual Governo do Estado, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) estadual passou por uma convenção onde houve uma disputa interna.

Segundo o coordenador regional da sigla, João Carlos Ecker, o deputado federal Mauro Mariani, junto com outras lideranças do partido buscaram a presidência do PMDB dentro do Estado numa chapa contra o atual presidente da sigla e vice-governador Eduardo Pinho Moreira. Embora tenha sido uma disputa apertada, Moreira venceu a eleição com 57% dos votos.

De acordo com Ecker, quando acontecem disputas internas dentro de um partido, existem alguns problemas. Ele explicou que havia duas propostas claras no PMDB. “O grupo liderado pelo deputado Mauro Mariani defendia uma saída [do partido] do governo atual, até para buscar um projeto novo para 2014. Já o grupo liderado por Moreira — que ficou com a presidência do partido no Estado — defendia a continuidade no governo, pelo menos por enquanto”, disse ele.

Agora, segundo o coordenador regional do PMDB, a intenção da nova executiva é realizar 36 reuniões regionais, pois nos dias 23 e 24 de dezembro acontecem as convenções municipais, ou seja, o momento em que serão escolhidos os comandantes do partido nos 295 municípios do Estado. “Este grupo depois vai trabalhar no ano que vem às eleições estaduais”, diz.

Estado

Conforme Ecker, hoje existem dois cenários no Estado para o PMDB. Um é o partido romper com o governo — “isto não vai acontecer este ano. Se acontecer vai ser a partir de março do ano que vem” — e construir um novo cenário com uma candidatura própria da sigla ao governo. Outra hipótese é a de que o partido continue no projeto do atual governo. “Eu acredito que este tenha mais probabilidade de acontecer, pois há uma série de políticos que defende”, fala Ecker.

São Lourenço do Oeste

Sobre as ações do partido em São Lourenço do Oeste, Ecker explicou que o PMDB adotou uma postura de independência. Ele falou que a sigla tinha uma coligação com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), “mas essa coligação não existe mais. Nós tivemos [a coligação] e perdemos a eleição”, disse ele e garantiu que o partido também não está coligado com o prefeito atual.

Embora não esteja aliado ao governo municipal, o coordenador regional do PMDB disse que o primeiro ano de administração não é momento de fazer oposição. Segundo ele, é preciso dar um tempo para o Executivo se reestruturar e montar uma equipe. “Fazer oposição por fazer, eu nunca fiz e não vou fazer. E neste momento o partido está assim”, explica.

Embora seja cedo, “no que depender de mim, eu dificilmente, para não dizer impossível, estarei numa composição com o PSDB em São Lourenço do Oeste, pois o prefeito anterior, o qual ajudei a ganhar a eleição e a trazer recurso para o município, não cumpriu o acordo que havia sido feito”, desabafou.

Candidatura

Ainda que já tenha sido candidato a deputado estadual e hoje ocupa um cargo de visibilidade ao lado do deputado estadual eleito e secretário de Estado de Infraestrutura, Valdir Vital Cobalchini, Ecker falou que está trabalhando para abrir novas portas e que acha difícil estar entre os candidatos ao pleito de 2014. “Eu não tenho condições de disputar as eleições de 2014, praticamente estou fora. Vou atuar coordenando a campanha do meu candidato a majoritária e dos nossos deputados”, garantiu ele.

Embora deva estar fora das disputas em 2014, Ecker já adiantou que em 2016 ou 2018 estará na “briga”.