Corpo de Bombeiros realizou mais de 5,6 mil vistorias em São Lourenço do Oeste em 2018

Política
São Lourenço do Oeste | 19/02/2019 | 07:35

Autor e foto: Angela Maria Curioletti/Portal Minutta

O capitão Glaycon Reitz, do Corpo de Bombeiros de São Lourenço do Oeste, usou a Tribuna Livre da Câmara Municipal, na noite de segunda-feira (18), para falar sobre os atendimentos realizados e, principalmente, chamar a atenção da população sobre a importância da prevenção.

Ele iniciou sua fala ressaltando que 2019 começou com dois crimes graves: Brumadinho (MG) e o Centro de Treinamento (CT) do Flamengo. Para ele, os dois casos são crimes e não acidentes, pois foram situações que poderia ter sido evitadas se a prevenção fosse tomada.

Reitz contou que o sargento Neodir Geovani Lohmann está em Brumadinho desde o dia 11 de fevereiro ajudando nas buscas por corpos. "Porque ainda 141 famílias não tiveram direito de enterrar seus entes", informou. Segundo Reitz, infelizmente algumas pessoas não gostam da prevenção, porque a enxergam como um custo e não um investimento.

Números de SLO

Somente em 2018, o Corpo de Bombeiros de São Lourenço do Oeste realizou 5.668 vistorias, sejam elas análise de projetos, vistoria ou revistoria. Segundo Reitz, quase 100% das edificações do município tiveram a visita dos bombeiros e, mesmo assim, a cidade viu seus dois maiores incêndios, nas empresas Lumasa e Laticínio Lorenzo. "Vale destacar que os dois estavam em dias com os bombeiros". Para o capitão, estas vistorias podem ter salvo uma vida ou várias.

Além das vistorias, os bombeiros atenderam 214 acidentes, realizaram 955 atendimentos pré-hospitalar e outros 1.527 atendimentos diversos, desde um resgate de animal ferido e até uma criança presa em casa. Também foram combatidos 126 incêndios.

Sobre os atendimentos em Vitorino (PR), principalmente nos bairros que fazem divisa com São Lourenço do Oeste pela SC-157, Reitz deixou claro que não houve boa resposta do governo municipal de Vitorino e, por isso, nos bairros do Paraná estão sendo feitos atendimento de emergência, ou seja, quando há risco de vida.

Reitz diz que levou os números até os vereadores para explanar sobre o que acontece de bom ou ruim no município envolvendo o Corpo de Bombeiros. Para ele, levar as informações até os vereadores é fazer um elo com a comunidade, já que o Legislativo é uma "casa de fiscalização".

Atualmente tem também 33 bombeiros comunitários, que passaram pelo curso e realizaram mais de 300 horas de estágio. "Sempre prestam serviços e não recebem nada, é amor a causa mesmo", diz o capitão. Ele ressalta que são pessoas fundamentais no trabalho e que ajudaram muito quando o efetivo de bombeiros militares esta bem abaixo do devido.