Criança pede carne para noite de Natal ao Papai Noel

Geral
Arroio Grande (RS) | 07/12/2021 | 20:46

Informações: G1RS
Foto: Arquivo pessoal

A cartinha de um menino de 7 anos, morador de Arroio Grande (RS), ao Papai Noel viralizou nas redes sociais. O pequeno Hector não pede os tradicionais brinquedos que uma criança de sua idade normalmente deseja. Ele pede carne.

"Papai Noel, meu sonho é ganhar uma carne para passar com a minha família", escreveu o menino. Hector mora com a mãe, o pai e três irmãos. Aluno da primeira série em uma escola da região, o menino aprendeu a escrever recentemente e foi estimulado pela professora a escrever uma cartinha no início de dezembro. "É de chorar, o coração não aguenta", conta a mãe, Patrícia Froz de Braz, 35 anos.

Ajuda nas redes

Emocionada com o texto escrito pelo filho, Patrícia publicou uma foto do pedido em suas redes sociais, o que gerou uma corrente de solidariedade de moradores da região. Segundo ela, o menino demonstra desde pequeno ser solidário e preocupado com as pessoas ao seu redor. "Ele é um anjo, só pergunta sobre os outros", relata Patrícia.

Desde o início da pandemia, a família vem passando por dificuldades financeiras. Recentemente, tiveram a luz da casa desligada por falta de pagamento. A água seria cortada no início da semana, mas doações de amigos e vizinhos ajudaram a família a pagar a conta atrasada. "Eu não posso trabalhar, porque tenho uma hérnia, então vivemos dos bicos que meu marido e minha filha fazem", conta Patrícia.

A mãe de Hector conta que ele é "louco por churrasco", mas a situação financeira dos últimos meses, aliada ao aumento do preço do produto, dificultou o consumo da família. "Ele me perguntou se a gente teria churrasco no Natal, eu falei que era bem difícil. A gente compra ossinho de porco, pata de galinha, fígado, às vezes uma coxinha. No ano passado, ganhamos um pedaço de carne e assamos. Foi a última vez. É muito difícil" diz.

Assim que publicou a foto da carta em suas redes sociais, Patrícia passou a receber mensagens de solidariedade, ligações, visitas e até transferências bancárias de pessoas que nem conhece.