Crianças internadas participam de criação de horta no Hospital da Fundação

Geral
São Lourenço do Oeste | 19/06/2018 | 08:20

Informações e foto: Hospital da Fundação

Desenvolvido através de uma parceria entre o Hospital da Fundação e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), campus de São Lourenço do Oeste, o projeto Semear e Cultivar com Amor na Classe Hospitalar busca desenvolver atividades com diversas na horta.

Segundo a coordenadora do projeto, Nadiesca Limberger, as atividades envolvem crianças em idade escolar que estão internadas. “No atendimento da classe hospitalar eu levo elas para a horta e a gente trabalha questões ambientais, ecologia, reciclagem de lixo, humanização e o cuidado com o outro”. Ela explica que as crianças aprendem, por exemplo, a plantar para que outros possam fazer a colheita, já que o período de internamento na maioria das vezes é curto.

Lembrando que o trabalho é desenvolvido a partir de uma demanda gerada por internamentos de crianças, Nadiesca explica que há várias faixas etárias e, por isso, é necessário fazer uma comparação da grade curricular. “A partir dessa análise, a gente vai adaptando a metodologia, mas o conteúdo é o mesmo”, conta a professora. 

Além de permitir o avanço do conteúdo escolar, o projeto busca auxiliar na recuperação das crianças. “Quando a criança sai do quarto, caminha no espaço da horta, a gente percebe a redução da ansiedade. Isso, aliado a medicação, ajuda muito na recuperação”, adianta a professora lembrando que essa troca de ambientes tira o foco do internado.

Humanização

Conforme a professora, junto com tudo isso há a questão da humanização. “A partir do momento que é colocada a semente na terra, eles têm consciência de que estão plantando, mas que será outra pessoa que vai colher”. Além disso, tem a parte ambiental, já que os canteiros são feitos a partir do aproveitamento de garrafas pets.  “São atitudes simples, mas eles percebem o valor e a importância”. 

Trabalho 

De acordo com Nadiesca, a classe hospitalar funciona todas as manhãs, de segunda a quinta-feira. “A gente passa nos quartos em que há crianças internadas e vê as possibilidades delas participarem das atividades, pois algumas precisam ficar no leito”, falou ela explicando que num primeiro momento é trabalhado com conteúdo didático.

Posteriormente, as atividades vão para a prática. “Um dos maiores desafios hoje, no processo de ensino aprendizagem, é mostrar que os conteúdos de sala de aula fazem parte de nosso cotidiano. Falar em alimentação saudável e alimentos orgânicos são formas de mostrar as crianças hábitos sustentáveis, ecologicamente corretos além de incentivar uma ação em benefício da coletividade”, resume a professora.