Críticas e defesas marcam retorno das atividades no Legislativo lourenciano

Política
São Lourenço do Oeste | 03/02/2016 | 00:23

Autor e foto: Marcelo Coan

Apesar de na ordem do dia da primeira sessão do ano da Câmara Municipal de São Lourenço do Oeste haver apenas um requerimento para votação e discussão, a conversa na tribuna livre foi longe na noite desta terça-feira (2). Com exceção do tucano Dasio Miguel Franz, todos os vereadores utilizaram o espaço para expor algumas questões. Em vantagem numérica, a oposição aproveitou para fazer críticas a gestão municipal. Do outro lado, a situação procurou rebater as críticas e defender o governo.

Entre os assuntos, Edilso Paulo Ranzan (PSDB) direcionou questionamentos ao Executivo em relação ao programa de reformas e o cumprimento de leis aprovadas pela Casa. Citou a que regulamenta o uso do som de rua e a que prevê a fiscalização das obras públicas. Sobre o programa de reformas, Ranzan alega que o projeto teve o aval dos vereadores, contudo, o número de famílias beneficiadas e os valores repassados são pequenos.

Na mesma levada, Alex Cleidir Tardetti (PMDB) trouxe para a discussão a questão do projeto do transporte público municipal. Ele frisou que a Casa de Leis aprovou a criação de uma comissão especial, porém, as orientações e sugestões foram ignoradas pelo Executivo – nenhuma empresa participou da licitação na última semana. O vereador tocou ainda na 5ª Exposição Feira Comercial, Industrial e Agropecuária de São Lourenço do Oeste (Efaislo). Segundo Tardetti, o Executivo respondeu os requerimentos – que estão sendo analisados –, contudo, questionou o presidente da Casa e reclamou que a empresa que venceu o certame para explorar a portaria da feira estaria se negando a responder os questionamentos.

Marlice Perazoli (PMDB) também reclamou do programa de reforma e lembrou que tem recebido muitas reclamações em relação aos trechos de estradas recuperadas com o sistema de britagem. Ela, como outros vereadores, alega que o material se solta com o tempo e acaba furando pneus de automóveis e caminhões.

Embora tenha afirmado que mesmo com as condições climáticas dos últimos meses (excesso de sol e chuva) as estradas estão boas, Adilson Sperança (PP), que é da base aliada do governo, afirmou ter questionado o secretário de Agricultura e Aquicultura da possibilidade de produzir a pedra brita de uma forma que não cause estragos nos pneus dos veículos.

Líder do governo na Casa de Leis, Valmir Luiz Maboni (PT), rebateu as críticas dos oposicionistas. No caso da lei de fiscalização das obras públicas – evidenciada por Ranzan –, Maboni afirmou que os investimentos são de conhecimento de todos e que o vereador tem a liberdade e o dever de fiscalizar. Sobre o sistema de britagem, o líder do governo da Câmara argumentou que se trata de um sistema novo e que continuará a ser executado. “Eu andei em algumas estradas [com britagem] e não furei nenhum pneu”, alega ele.

Edu Antonio Borges (PT) reconheceu que houve alguns problemas nas estradas, entretanto, alegou que foram em função do excesso de sol ou chuva. “O Executivo está empenhado em conservar as estradas”.

Sem criticar ou defender, Vânia Antônia Garbin Baldisserra (PMDB) ocupou o espaço para expor, entre outras questões, a necessidade de um ortopedista em tempo integral em São Lourenço do Oeste.

Suplente

Com um discurso breve, Elisabeth de Oliveira D’Ávila (PSDB), que assumiu no lugar de Agustinho Assis Menegatti (PSDB) por 30 dias, agradeceu a oportunidade e lembrou que o ano é político e, por isso, delicado. Porém, deixou claro que, apesar da baixa participação da população, a Casa de Leis é onde todos os problemas da cidade são discutidos.

Entrada

Junto com dois projetos de autoria do Executivo, deu entrada na Casa de Leis um requerimento – discutido e votado – e cinco indicações.