Dirigentes cooperativistas discutem as dificuldades e desafios do quadro macroeconômico nacional

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São Lourenço do Oeste | 31/08/2015 | 08:49

Informações e foto: Sicoob Noroeste

Reunidos no Costão do Santinho, em Florianópolis, cerca de 150 dirigentes de cooperativas dos 12 ramos existentes em Santa Catarina participaram em agosto do Fórum de Dirigentes Cooperativistas de Santa Catarina. Na pauta, a interpretação do ambiente econômico e a projeção dos novos cenários.

Para embasar a discussão, os dirigentes de cooperativas acompanharam a exposição feita pelo jornalista Ricardo Amorim sobre conjuntura econômica e política internacional. Eugênio Mussak, que é professor da FIA USP e Fundação Dom Cabral e possui larga experiência no setor de recursos humanos e forte dedicação na questão de gestão de pessoas e liderança de equipes, abordou a ética nas corporações.

Num segundo dia, o grupo de dirigentes acompanhou a fala do economista Alexandre Mendonça De Barros. Durante a conversa, Barros abordou as perspectivas econômicas para 2015/2016.

Artêmio José Flach, presidente do conselho de administração do Sicoob Noroeste, diz que o encontro foi muito importante, pois abriu uma visão da real situação do país. “A gente acompanha algumas coisas pelos meios de comunicação, mas muitas situações não são mostradas”, disse ele explicando que os palestrantes traçaram um comparativo entre o Brasil e os países desenvolvidos e quais são as perspectivas para o futuro econômico. “Nos deu uma noção de como devemos agir”, garantiu.

Segundo Flach, todos os palestrantes expuseram que é preciso um pouco de cautela e ajustes internos neste momento. “Na avaliação deles [palestrantes], o povo brasileiro pode produzir muito mais. O momento é de analisar, cada um a sua situação, e melhorar os processos de gestão para voltar a crescer”.

Conforme o presidente do conselho de administração do Sicoob Noroeste, a perspectiva é que o ano feche com um Produto Interno Bruto (PIB) negativo, 2016 volte a ter um equilíbrio e que 2017 o mercado deve acolher as pessoas que foram desempregadas em 2015 e 2016. “A avaliação que nos passaram é que vamos ficar três anos sem crescimento. A previsão é que em 2017 vamos estar na condição que estávamos em 2014”.

Santa Catarina

Embora os números apresentados sejam de todo país, Flach disse que Santa Catarina foi citada por um dos economistas por ter um diferencial. “É um estado pequeno e mais eficiente”, nisso ele acrescenta a participação do cooperativismo. “Nós [cooperativismo] representamos quase 12% do PIB catarinense. As cooperativas em geral têm sido um grande diferencial e Santa Catarina sempre teve um cooperativismo eficiente e trabalhador”.