Em Santa Catarina, voluntários entregam lanches a caminhoneiros em rodovias

Geral
Santa Catarina | 26/03/2020 | 09:11

Informações: NSC
Foto: Polícia Rodoviária Federal

Com a suspensão das atividades em diversos estabelecimentos comerciais e de conveniência próximos às rodovias estaduais e federais, outro problema alcança profissionais que trabalham para abastecer as cidades: caminhoneiros têm dificuldades para encontrar alimentos durantes as viagens.

Pensando nisso, comerciantes e voluntários, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina, têm distribuído alimentos gratuitos nas rodovias.

Gilberto dos Santos é diretor de uma empresa familiar em Jaraguá do Sul (SC) que produz alimentos congelados no ramo de panificação. Ele conta que, em meio à pandemia do novo coronavírus, recebeu uma ligação de um dos caminhoneiros que prestam o serviço levando os produtos aos estados atendidos pela empresa. "Ele me ligou desesperado dizendo que não estava encontrando comida, que vários lugares estavam fechados. Foi aí que eu pensei: assim como ele, muitos outros estão na mesma situação", detalha.

A empresa de Gilberto produziu cerca de três mil lanches e, junto à PRF, realiza a distribuição no posto policial de Barra Velha, às margens da BR-101. A PRF sinaliza os condutores para que façam a parada e então se alimentem.

Além desta ação, segundo a PRF, outras duas foram realizadas nesta semana: uma em Rio do Sul e outra em Biguaçu. Emocionado, Gilberto diz que a ação faz parte de um sonho de poder contribuir com quem não tem a possibilidade de ficar em casa durante a pandemia. "Ficamos felizes de estar alimentando pessoas que estão passando por essa situação. Somos apenas uma formiguinha no planeta, no país, no estado; mas estamos fazendo a nossa parte e esperamos que isso mobilize mais pessoas a terem atitudes como essa", destaca.

Os caminhoneiros reagiram positivamente à ação. Em relato de um dos profissionais, divulgado pela PRF nas redes sociais, um caminhoneiro parabenizou as pessoas envolvidas. "Eu vim atrás do comboio do pessoal do exército pedindo para parar. Me deparei com um monte de caminhoneiro e falei: lá vem "borrachada". Mas, graças a Deus, não, pessoal. Estamos aqui comendo, tomando suco", diz.