Empresário da área de vigilância privada alerta para aumento de furtos nos bairros e no interior

Policial
São Lourenço do Oeste | 12/03/2015 | 00:54

Autor e foto: Angela Maria Curioletti

O sistema de videomonitoramento entrou em funcionamento em São Lourenço do Oeste no dia 8 de dezembro de 2014. Passados cerca de três meses, a Polícia Militar, que opera o sistema, garante que ele está atendendo as expectativas. São dez câmeras instaladas estrategicamente no centro da cidade, monitorando 24 horas por dia o que se passa em seu raio de alcance.

Quando o sistema completou um mês de funcionamento, o capitão da 5ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Evandro Vieira, disse que “foi possível observar que a própria atitude dos motoristas no trânsito já melhorou”. Mas, outros problemas começaram a ser registrados.

Antônio Silveira é empresário da Silveira Vigilância Privada, atuando na área desde 1976. Para ele, o centro da cidade realmente está mais seguro depois que as câmeras começaram a funcionar, mas o problema é que os bairros e o interior de São Lourenço do Oeste começam a sofrer mais, principalmente com furtos.

“O trabalho em conjunto com a polícia funciona, mas o que precisa mesmo para mudar é uma lei que repreenda o jovem infrator”, ressalta Silveira, explicando que em São Lourenço do Oeste os menores de idade são os maiores responsáveis pelos furtos em comércio e residência. Na última semana, por exemplo, a Polícia Militar localizou uma jovem de 16 anos responsável por um roubo. No sistema, ela já possuía 19 passagens.

Alternativas

Para Silveira, a construção de uma Unidade Prisional Avançada (UPA), tão prometida para São Lourenço do Oeste, poderia ajudar a refrear as ações. Mas, em sua opinião, o Centro de Internação Provisório (CIP) seria o ideal.

Como vigilante, o empresário diz sempre ver grupos de jovens andando pelas ruas de olho nas residências, “e as coisas estão nos pequenos detalhes”. Ele foca em materiais de divulgação, como propaganda de lojas, revistas e até jornais, que ficam jogados pelo jardim e acabem sendo chamarizes para quem quer roubar. “Dá a entender que não tem ninguém em casa”, reforça.

O capitão Vieira diz que as câmeras, além de do intenso tráfego de veículos, concentra um número maior de agências bancárias e os principais comércios.