Ex-deputado João Pizzolatti é investigado por posse de arma de fogo e contrabando

Política
Florianópolis | 07/01/2016 | 11:03

Informações: Folha de São Paulo e Diário Catarinense
Foto: Divulgação

O ex-deputado federal de Santa Catarina João Pizzolatti é investigado pela Polícia Federal por contrabando e posse de arma de fogo. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo, que trouxe detalhes dos mandados de busca e apreensão cumpridos em um sítio do político em Pomerode, em julho de 2015. A ação fez parte da Operação Politeia, um desdobramento da Lava-Jato.

Conforme apurado pelo jornal paulista, a arma apreendida na propriedade do ex-parlamentar era uma pistola Taurus, modelo PT-101 calibre 40. Também foram recolhidas 30 munições e um carregador. Após análises do armamento, a PF concluiu que ele estava em plenas condições de uso e confirmou que não tinha registro no Sistema Nacional de Armas. Descobriu-se, então, que a pistola tinha sido vendida à uma empresa de armamentos em 1995, no Paraguai. "Defendo a investigação, mas não precisava ser feita de forma truculenta", critica ex-deputado João Pizzolatti

A polícia apontou em relatório preliminar sobre o caso que Pizzolatti é o responsável pela arma e pelas munições, com uso proibidos. A investigação vai avançar agora sobre como a pistola foi adquirida e como ela entrou no Brasil. O inquérito será instaurado pela PF de Roraima, onde o catarinense é secretário de Estado, e tramitará sob a fiscalização do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Operação Politeia

O ex-deputado federal João Pizzolatti, hoje secretário extraordinário de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos de Roraima, foi alvo de ao menos dois dos cinco mandados de busca que a Polícia Federal fez em Santa Catarina em julho do ano passado. Agentes foram ao sítio dele em Pomerode, além do apartamento em Balneário Camboriú.

As ações fizeram parte da Operação Politeia, que cumpriu 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava-Jato. No sítio de Pizzolatti, a PF apreendeu documentos, celulares, uma agenda e uma arma.