Florianópolis é a cidade mais cara para comer fora de casa, segundo pesquisa

Geral
Florianópolis | 20/03/2018 | 09:41

Informações e foto: Diário Catarinense

Florianópolis aparece, pelo segundo ano seguido, como a cidade com o preço médio mais caro da refeição fora de casa entre os 51 municípios pesquisados pelo Datafolha para a Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT). Apesar de liderar em 2017, levando em conta a variação em relação a 2016 e o acumulado da inflação no ano passado, a Capital catarinense registrou queda nos números.

O levantamento de Preço Médio da Refeição é feito desde 2003 com restaurantes e lanchonetes que aceitam auxílio-refeição como forma de pagamento, sendo referência as empresas reajustarem os benefícios.

No ano passado, pela pesquisa, quem vive em Florianópolis desembolsou em média R$ 40,85 para uma refeição completa, que inclui prato, bebida não alcoólica, sobremesa e café na hora do almoço. Na outra ponta, Campo Grande (MT) teve o menor valor: R$ 26,23. A média leva em conta as médias de quatro modalidades de refeições: comercial, autosserviço, executivo e a la carte.

Outras duas cidades catarinense são incluídas no levantamento: Blumenau, com preço médio de R$ 37,81, e Joinville, com R$ 33,29.

Associações divergem sobre resultados

De acordo com o IBGE, que calcula a inflação, houve queda de 4,85% nos preços dos alimentos consumidos em casa, mas a alimentação fora se manteve em alta (3,83%) no ano. A diretora-presidente da ABBT, Jessica Srour, pontua que o aumento dos custos com água, energia elétrica e gás de cozinha, entre outros itens, colabora para que o preço repassado ao consumidor em restaurantes seja mais alto. Ela também diz que o resultado da pesquisa reforça que cidades turísticas, como Florianópolis, normalmente já têm preços mais altos e que este seria um dos principais fatores para a liderança no ranking.

"Floripa geralmente recebe muitos turistas estrangeiros e, em cidades turísticas, (o custo) fica mais inflacionado. No Rio de Janeiro não se observa tanto neste momento, pela situação que eles estão vivendo, de crise econômica e na segurança", pondera Jessica.

O presidente da seção catarinense da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel SC), Raphael Dabdab, discorda em vários pontos. Ele faz ressalvas à pesquisa, que, na visão dele, mistura segmentos de refeições diferentes para fazer uma média, visita quantidade insuficiente de estabelecimentos e não mostra a realidade que se vê nas ruas.

A pesquisa

Foi realizada em novembro e dezembro de 2017 com 5.273 preços pesquisados em 4.587 estabelecimentos que aceitam voucher de refeição, espalhados por 51 cidades. O levantamento foi conduzido pelo Instituto Datafolha, a pedido da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). O preço se refere a uma refeição completa, com prato, bebida não alcoólica, sobremesa e café.