Homicídio: réus são condenados no caso de adolescente em São Lourenço do Oeste

Policial
São Lourenço do Oeste | 15/04/2016 | 00:05

Autor e fotos: Angela Maria Curioletti

Foi realizado na tarde desta quinta-feira (14) o julgamento de Hanatan dos Santos Porto, 20 anos, e Sidnéia de Fátima Gonçalves de Godois, 21 anos, envolvidos no caso de Maurício Camargo, 14 anos, que foi encontrado morto no dia 2 de abril de 2015 na rua Monte Castelo, em um terreno baldio próximo ao pavilhão comunitário do bairro Santa Catarina. O corpo foi encontrado pelo irmão da vítima. Ele tinha lesões na cabeça e no rosto, além de um corte profundo no pescoço (garganta).

Foram cerca de 12 horas de julgamento até o resultado final. A condução do júri popular foi feita pelo juiz Daniel Victor Gonçalves Emendörfer e teve na promotoria Eraldo Antunes. Na decisão, Hanatan foi condenado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e meio cruel, pegando pena de 14 anos e oito meses de reclusão, e condenado por tráfico de drogas qualificado por visar adolescente, tendo pena de seis anos de reclusão. Inicialmente ele cumpre suas penas em regime fechado, além de 600 dias de multa. Já Sidinéia foi condenada por tráfico de drogas qualificado por visar adolescente, pegando pena de seis anos de reclusão em regime inicial semiaberto, mais 600 dias de multa. Ela poderá recorrer em liberdade, pois responde a outro processo domiciliarmente. Ele será conduzido ao Presídio de Xanxerê.

Julgamento

O primeiro a prestar depoimento foi Hanatan, acusado de homicídio triplamente qualificado - motivos fútil e torpe e uso de meio cruel - e suposto crime de tráfico de drogas com agravante por visar um adolescente. Sua advogada foi Andréa Carla Gaboardi de Lemos. Ele alegou que nunca vendeu drogas para a vítima e que o autor do homicídio foi Luiz Carlos Garipuna, vulgo Negão, 38 anos, que está preso em Campos Novos e aguarda julgamento. Hanatan diz que testemunhou o crime porque Luiz o ameaçou e também sua família caso ele não participasse.

A segunda depoente foi Sidnéia, acusada de tráfico de drogas com agravante por visar um adolescente. Ela foi defendida por Roger Rasador de Oliveira, defensor público. Ela falou sobre a relação com a vítima e também afirmou que nunca vendeu drogas para Maurício, mas que já usaram juntos. Sobre Negão, tanto ela quando Hanatan confirmaram que ele dividia uma casa com eles, ajudando no aluguel, e que todos usavam drogas.

Na época do crime, Hanatan e Sidnéia viviam em união estável. Ela tem quatro filhos, sendo um de Hanatan.

Próximo julgamento

Luiz Carlos Garipuna (Negão) é o terceiro envolvido no crime e não foi julgado com Hanatan e Sidnéia porque não foi preso em flagrante. O processo dele corre separado. Conforme informações de seu advogado, Francisco Darci Barzan, não há data para o julgamento de Negão, que está preso em Campos Novos desde meados de julho de 2015, segundo Barzan.