Lourenciana que mora no RS conta como se salvou de enchente e descreve atual situação

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São Lourenço do Oeste (SC) | 10/05/2024 | 16:55

Autor: Angela Maria Curioletti/Portal Minutta
Foto: Arquivo pessoal

Morando em Porto Alegre (RS), Méurian Ecker e o marido John Lenon Maciel viveram de perto a enchente que destruiu o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. Natural de São Lourenço do Oeste (SC), ela mudou-se para a capital gaúcha há cinco anos e hoje eles têm uma clínica odontológica no bairro Sarandi, o mesmo onde mora.

Méurian conta que a cidade estava em alerta porque, no dia 29 de abril, começou a chover muito na cidade e também por todo o volume d’água na região da Serra que estava descendo para o rio Guaíba. No dia 2 de maio, ela diz que as comportas do centro começaram a ser fechadas, devido ao risco de inundação, numa tentativa de evitar que a água invadisse Porto Alegre.

A água começou a chegar no centro da cidade no dia 3 de maio. Já no bairro onde o casal mora, houve o alerta da Defesa Civil e da prefeitura de que havia ocorrido um extravasamento de um dique que represa o rio Gravataí. "O extravasamento começou na sexta-feira e, no sábado pela manhã, a água começou a subir rapidamente no nosso bairro. Quando começamos a ver o volume d’água na rua, tentamos subir algumas coisas da nossa casa para o segundo andar, pegamos algumas roupas e saímos, conseguimos sair ao meio-dia do sábado, com a água quase na cintura na rua", lembra.

A lourenciana diz que uma parte do bairro foi evacuada, inclusive o abrigo que tinha sido montado na igreja Santa Catarina, localizada na Avenida Souza Melo.

Desde sábado (4), ela e o marido estão na casa de amigos em um bairro que não foi afetado. "Graças a Deus estamos recebendo muitas doações, e a população está se ajudando muito. Muitas pessoas trouxeram seus barcos, jetski e botes para salvar as pessoas e os animais que não conseguiram sair a tempo do bairro", conta Méurien, que diz estar bem impactada. "Está difícil de acreditar em tudo que está acontecendo. Quando pudermos voltar para a casa, acredito que vai ser mais difícil ainda, mas graças a Deus estamos bem, nossa saúde é o que mais importa".

Por enquanto, Méurian se informa dos alertas pelos canais de comunicação da Defesa Civil, já que no bairro onde estão tem luz e por isso é possível usar internet. Quanto a ajuda, ela diz que há pontos de apoio que estão recebendo muitas doações e voluntários fazem a distribuição.