Lourenciano relata as chuvas de Blumenau

Geral
Blumenau | 23/09/2013 | 11:33

Autor: Angela Maria Curioletti
Foto: Vitor Mateus de Siqueira/Arquivo pessoal

“Começou logo depois do meio dia, eu fui ao mercado e a rua não estava alagada. Voltei perto das 13h30, tinha começado alagar”. Este é um pequeno relato do lourenciano Vitor Mateus Curioletti de Siqueira, que hoje mora em Blumenau e viu os estragos que a chuva pode causar.

No caso dele, a água chegou somente até a entrada do prédio onde mora, mas mesmo assim, por precaução, ele e seu colega, Rafael Silva, que é de Francisco Beltrão, levaram quase todos os móveis e roupas para o terceiro andar, já que eles moram no térreo e ficaram com medo que a água invadisse.

Neste domingo ambos saíram do apartamento por volta das 18h e abrigaram-se na casa de uma colega da faculdade, pois a água já estava na frente do prédio. “Depois disso não vimos mais nada até hoje (segunda-feira) de manhã”, conta Vitor. No apartamento deles havia ficado somente as camas, os guarda-roupas e a mesa. Nesta segunda-feira (23), os colegas Vitor e Rafael começaram a colocar os móveis de volta a seus lugares. Eles, que estudam Publicidade e Propaganda na Furb, estão com as aulas suspensas, por enquanto.

Situação de emergência

Mas nem todos tiveram a sorte de Vitor e Rafael. Blumenau é uma das cidades mais afetadas pela chuva. Segundo a Defesa Civil, há 12,340 mil pessoas desabrigadas e 281 desalojadas. Na cidade, 3,176 mil residências foram afetadas pela inundação, que também atingiu mais de 1,3 mil estabelecimentos comerciais e industriais. Há 23 abrigos na cidade.

Mais de 20,5 mil pessoas foram afetadas pela chuva em Santa Catarina até a manhã desta segunda-feira, conforme levantamento feito pela Defesa Civil. As enchentes prejudicaram 70 cidades do Estado. Seis delas decretaram situação de emergência: Araquari, Bom Retiro, São José do Cedro, Saltinho, Santa Terezinha do Progresso e Serra Alta.

Até esta segunda-feira de manhã, mais de 4,6 mil casas haviam sido danificadas pela inundação, destelhamento, granizo ou deslizamento de terra.

Outra cidade em situação crítica é Rio do Sul, onde há 1,5 mil pessoas desalojadas e 536 desabrigadas. O rio chegou a dez metros acima do normal. A SC-350 foi interditada. Há 18 abrigos na cidade.