Macaco resgatado em Pato Branco não resiste a ferimentos e morre

Geral
Pato Branco | 20/06/2017 | 09:10

Informações: Diário do Sudoeste
Foto: Divulgação

Infelizmente, denúncias de maus tratos a animais domésticos são corriqueiras, mas sempre que possível as situações são averiguadas e investigadas pela Secretaria de Meio Ambiente com apoio da Polícia Militar. Na semana passada, em Pato Branco (PR), a morte de um macaco prego chamou a atenção da comunidade e mobilizou órgãos responsáveis.

O animal silvestre foi resgatado por Alcemar Lima, o seu Lima, conhecido no município "por seu trabalho voluntário na proteção dos animais. Muito debilitado, o macaco, um macho adulto, foi encaminhado aos cuidados do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Secretaria de Meio Ambiente.

Com cortes, que pareciam ser de facão, em diversas partes do corpo, e com mordidas, possivelmente de cachorro, o macaco foi levado para atendimento veterinário em uma clínica de Pato Branco. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Nelson Bertani, tudo foi feito para tentar salvá-lo, mas devido as gravidades das lesões, o macaco faleceu. O Diário do Sudoeste teve acesso às informações do atendimento com a veterinária Roberta Bolson. Segundo a profissional, o macaco chegou a clínica com muitas dores e debilitado: estava desidratado. O lábio estava dividido, havia um corte na face, uma das mãos estava partida, o rabo machucado, e o mais grave era sua perna, que estava em estado deplorável. Ele ainda exalava cheiro de necrose, constatando que, os machucados não eram recentes”, contou Roberta.

No laudo do atendimento veterinário, a causa morte do macaco foi infecção generalizada, ou seja, choque séptico. De acordo com Roberta, não se pode afirmar o que de fato aconteceu, mas histórias como esta emocionam os profissionais.

Conforme o diretor do escritório regional do IAP de Pato Branco, Valmir Tasca, o instituto não possui nenhum fundo que possa arcar com este tipo de atendimento. Neste caso, para que o macaco não continuasse em sofrimento, o próprio diretor arcou com os valores do veterinário. Segundo Tasca, infelizmente não se trata de um caso isolado. Vale citar que animais silvestres são de responsabilidade do IAP, e o que ocorreu com este macaco configura crime ambiental.

Crime

Abusos e maus tratos contra animais configuram crime ambiental e devem ser comunicados à polícia, que registrará a ocorrência, instaurando inquérito.