Maioria catarinense: Câmara aprova PEC do teto de gastos

Política
Brasília | 11/10/2016 | 14:25

Informações: Redação Minutta com Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Após ter aprovado o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fixa um teto para os gastos públicos por 20 anos, o plenário da Câmara dos Deputados concluiu a votação dos destaques aos textos. A matéria vai ser agora votada em segundo turno no Plenário da Câmara. A votação começou na segunda-feira (10) pela manhã e terminou na madrugada desta terça-feira (11).

Entre os 15 parlamentares catarinenses presentes na sessão da Câmara, que aprovou em primeiro turno a proposta com 366 votos a favor e 111 contra, somente Angela Albino (PCdoB), Carmen Zanotto (PPS), Décio Lima (PT) e Pedro Uczai (PT) se manifestaram contra.

A PEC cria um teto de despesas primárias federais que será reajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), impondo limites individualizados para o Poder Executivo, o Judiciário e o Legislativo.

Em termos práticos, a proposta de novo regime fiscal se propõe a limitar, durante 20 anos, o ritmo de crescimento dos gastos da União à taxa de inflação. Quem descumprir o limite será penalizado é ficará impedido de contratar pessoal, fazer concurso público, conceder reajuste aos servidores, criar cargos ou função que implique aumento de despesa, alterar a estrutura de carreira que implique aumento de despesa.

A proposta também altera o mecanismo de reajuste do salário-mínimo, que deixará de ter aumento real (acima da inflação) se o limite de despesas fixado pelo governo for superado.

A base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB) rejeitou os destaques de partidos da oposição que visavam alterar pontos do texto. Entre os pontos rejeitados, estavam destaques do PT que visavam incluir no texto um limite ao pagamento de despesas com a dívida pública, que ficou de fora da proposta, e excluir do teto as despesas com saúde, assistência social, educação, ciência e tecnologia, segurança pública e saneamento.

Agora a proposta terá que ser votada em segundo turno após o prazo de cinco sessões da Casa. Caso a proposta seja aprovada em segundo turno na Câmara, o texto será encaminhado para o Senado, onde começará a ter nova tramitação.

Logo após a aprovação, o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), disse que a medida ajudará o país a retomar o crescimento econômico. “A aprovação dessa PEC é a certeza de que os investimentos voltarão”, disse.