Mandetta anuncia que foi demitido do Ministério da Saúde; presidente já tem outro nome

Política
Brasil | 16/04/2020 | 16:38

Informações: UOL
Foto: Reuters

Luiz Henrique Mandetta anunciou nesta quinta-feira (16) pelas redes sociais que foi demitido do cargo de ministro da Saúde após uma série de embates com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A saída foi comunicada em uma breve reunião entre os dois no Palácio do Planalto, nesta tarde.

Funcionários do ministério da Saúde confirmaram que o oncologista Nelson Luiz Sperle Teich aceitou a vaga deixada por Mandetta como titular da pasta. O nome do substituto ainda não foi oficializado pelo governo federal.

"Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar", disse Mandetta, através de uma rede social.

Hoje mais cedo, Mandetta revelou em um debate online que a troca na pasta aconteceria entre "hoje e amanhã". "Eu sou a peça menor dessa engrenagem, eu escolhi muito bem a minha equipe", afirmou pela manhã ao explicar, em tom de despedida, que o trabalho de combate continuará independentemente de quem assumir o seu cargo.

Na quarta (15), o ministro já tinha admitido em entrevista para o site da revista Veja que ia sair do ministério. Ele declarou que estava cansado de mediar palavras com o presidente: "Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né? Já ajudamos bastante".

O presidente encontrou-se hoje com o oncologista e empresário Nelson Teich. Em reunião pela manhã que não foi colocada na agenda oficial da Presidência, o médico foi recebido por Bolsonaro e ministros palacianos, disseram duas fontes com conhecimento do encontro para a Reuters.

Participaram da reunião com Teich os ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, além do secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, que sempre foi um dos defensores do nome de Teich para o Ministério.