Ministério Público requer cassação e inelegibilidade de vereadora eleita

Política
Chapecó | 20/12/2016 | 07:22

Informações: Ministério Público
Foto: Divulgação

O Ministério Público Eleitoral ingressou com ação de investigação judicial eleitoral contra a cereadora eleita em Chapecó Astrid Tozzo, ex-secretária de Educação, e contra três servidoras comissionadas da Secretaria por ela indicadas aos cargos.

Na ação, o promotor eleitoral, Fabiano David Baldissareli, que atua perante a 35ª Zona Eleitoral, expõe que, apesar de se desincompatibilizar do cargo de secretária em fevereiro de 2016 para concorrer às eleições, Astrid utilizou a máquina pública em favor de sua candidatura.

Conforme apurado pelo promotor, no mês anterior às eleições foram concedidas férias para quase 30% das gestoras da rede educacional do município com o único intuito de elas trabalharem pela eleição da ex-secretária.

Baldissarelli ressalta que todas ocupavam cargos comissionados por indicação de Astrid, assim como as responsáveis pela concessão das férias na Secretaria de Educação: Luiza Brocco Marafon, diretora Administrativa e nora de Astrid; Mareni de Fátima Rosa da Silva, diretora de Gestão Educacional; e Daniela Regina Moratelli Cunha, gerente de Recursos Humanos.

O Ministério Público Eleitoral apurou também que a concessão de férias ocorreu de modo atípica, pois nos anos anteriores nos quais não houve eleição municipal as férias dos gestores, fora casos isolados, sempre eram tiradas integralmente no mês de janeiro, em consonância com as férias escolares.

O Ministério Público requer ao Juízo da 35ª Zona Eleitoral, em virtude dos fatos apurados, a cassação do registro ou diploma da candidata eleita Astrid Tozzo, sua inelegibilidade por oito anos e a aplicação de multa eleitoral. Em relação as três servidoras comissionadas da Secretaria de Educação, foi requerida a inelegibilidade delas por oito anos e a aplicação de multa. A ação ainda não foi avaliada pelo Juízo Eleitoral.