Motociclistas de três Estados se preparam para sete mil quilômetros de viagem

Esporte
São Lourenço do Oeste | 27/11/2016 | 20:04

Autor e fotos: Angela Maria Curioletti

Um grupo de nove motociclistas estão se preparando para um grande desafio sobre suas rodas, que começa no dia 27 de dezembro. Serão cerca de 15 dias de viagem, passando por Brasil, Argentina, Chile e Bolívia. À frente dessa turma, o experiente Altamir Lemes da Rosa, o Ynho, de São Lourenço do Oeste, que há 25 anos explora lugares diferentes com sua moto e, desde 2009, organiza expedições.

João Thile (Presidente Nereu, SC), Roberto Horn (Maravilha, SC), Alexandre Ferrari (Chuí, RS), Eugênio Vargas (Matelância, PR), Silvio Aparecido (Matelândia, PR) e Adir Sonego (Caçador, SC) estão no grupo que participa da experiência. Eles se reuniram essa semana para receber orientações. Alguns nunca fizeram um roteiro tão grande em uma moto.

Segundo Ynho, o grupo limitado de pessoas é ideal para que a locomoção seja melhor, assim como abastecimento de motocicletas, burocracias aduaneiras e hospedagem, por exemplo. Serão cerca de sete mil quilômetros de viagem, intitulada Arizaro Tour.

Dificuldades

Para Ynho, a falta de recursos para as motocicletas é um dos maiores desafios da viagem, afinal de contas o grupo vai passar por regiões desérticas. Boa parte do roteiro será feito em estrada de chão, outra dificuldade a ser enfrentada. "Tentamos fazer uma média de 500 quilômetros por dia", explica Ynho, ressaltando que o maior objetivo não é a quantidade de estrada rodada, mas sim o aproveitamento do turismo. "Procuro fazer uma viagem rica culturalmente, que os motociclistas voltem com uma bagagem de conhecimento maior", enfatiza.

Questionados sobre qual ponto turístico chama a atenção no roteiro, os motociclistas são unânimes com o maior deserto de sal do mundo, na Bolívia, o Salar do Uyuni. Outro ponto em que eles concordam é sobre a altitude que vão enfrentar, que pode ser um problema.

Curiosidade

Ynho conta que, em certa viagem, houve um problema fora do comum com o grupo de viagem em que ele estava. Um dos motociclistas teve dois pneus da moto furados e não foi possível fazer o conserto no local. Além disso, começou a nevar muito forte e todos precisaram se abrigar debaixo de uma lona. Eles ficaram 18 horas com os pés enterrados em 50 centímetros de neve até conseguirem sair do local.