MPF investiga medidas adotadas por João Rodrigues de combate à pandemia

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Chapecó (SC) | 17/09/2021 | 08:12

Informações e foto: Diário do Iguaçu

O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para apurar as medidas adotadas durante a pandemia da Covid-19 pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues. De acordo com o MPF, os protocolos adotados pelo prefeito no início de sua gestão, em janeiro de 2021, poderiam ter favorecido a propagação da doença e um colapso do sistema de saúde do município e região.

A ação do MPF indica para a flexibilização adotada pelo prefeito no início deste ano, sendo que no período subsequente teria existido um crescimento dos casos de Covid-19. Na acusação são apresentados os boletins epidemiológicos, e que demonstrariam "a evolução do contágio por Covid-19 no período imediatamente seguinte aos atos do governo municipal", sustenta o MPF.

Também, o MPF ressalta que o prefeito teria incentivado o uso de "tratamento precoce", com remédios como a cloroquina e a ivermectina, que não teriam eficácia comprovada. Ao final do inquérito, se entender que os elementos apresentados são reais, o Ministério Público Federal poderá oferecer uma denúncia contra João Rodrigues por ato de improbidade administrativa.

Prefeito chama denúncia de injusta

Ao jornal Diário do Iguaçu, ele afirma que foi surpreendido com a instauração do inquérito e que não entende o motivo desta denúncia agora no mês de setembro, sendo que os atos foram no início do ano. João classifica o inquérito do MPF de "factoide" e diz que se sente "perseguido". Para o prefeito, a manifestação da Procuradoria Federal não se sustenta e não existe verdade na acusação. "Esta denúncia é inconsistente, infundada e injusta. O decreto de Chapecó era o mesmo de outros municípios do estado. O pico não foi no início do mandato, mas da metade de fevereiro para frente. As decisões eram tomadas por um colegiado e não apenas por mim".

Rodrigues comentou, ainda, que quando assumiu o mandato, apoiou os médicos que tiveram a iniciativa de realizar o tratamento precoce, assim como outros médicos que fizeram protocolos normais. "Nós não proibimos, apoiamos o que os médicos desejavam fazer. As decisões são de um grupo com médicos, representantes de hospitais, entidades empresariais e órgãos públicos".