Muay thai invade academias e atrai adeptos de todas as idades

Esporte
São Lourenço do Oeste | 29/04/2015 | 11:50

Autor e foto: Angela Maria Curioletti

Com sete anos treinando muay thai, Jozelei Sassi virou instrutor há pelo menos quatro. O esporte surgiu em sua vida depois de ele ver colegas de trabalho acima do peso, alguns até obesos, e disse não querer o mesmo futuro. Na época, Sassi era vigilante. Entre todas as artes marciais, escolheu o muay thai depois de assistir o filme “Quebrando Regras 1”.

Na região, Sassi diz que os próprios alunos acabam difundindo o esporte, mas confirma que a ascensão do MMA contribuiu para que todas as artes marciais ficassem mais evidentes. “Acredito que a modalidade cresceu sim, e muito, mas o muay thai tem chamado mais atenção nos últimos anos. Agora ele é um esporte de massa, não de meia dúzia”, diz.

E quem chega pela primeira vez ao tatame, busca o que? “As pessoas dizem que não sabem nada sobre o esporte, mas primeiramente querem mais saúde, alguma atividade física que possa livrar elas de um dia estressante, tentar perder alguns quilos e sair da ociosidade”, explica. Sassi diz que naturalmente os que mais se destacam acabam competindo, mas que a maioria busca qualidade de vida.

Família unida pelo esporte

Márcio Antonio Turatti começou a treinar muay thai a cerca de quatro meses e levou a família toda com ele. A esposa Enéia e o filho Viktor são seus parceiros, este que só tem 5 anos de idade. Questionado sobre colocar o filho num esporte considerado violento, Turatti diz que acha importante o filho aprender defesa pessoal desde pequeno, mas cuida sobre os limites em que ele pode chegar.

Trabalhando muito e sem tempo para exercícios, Turatti diz que viu no esporte uma maneira de praticar alguma atividade física. A família segue junta, um incentivando o outro.

Seriedade

O instrutor Sassi garante que academia não é a mesma coisa que o UFC, mas indica aos interessados em ingressar no esporte que assistam eventos relacionados ao muay thai como forma de conhecer mais o que você vai praticar. “É uma defesa pessoal, mas as pessoas tem um receio bobo de que vai apanhar na academia”, reforça.

Ele aproveita para criticar os maus profissionais, reforçando aos participantes que peçam sempre a credencial da federação aos instrutores. Este é o primeiro passo para saber que os profissionais são sérios.