"Não há mais espaço para acomodar um companheiro político", diz prefeito de Quilombo

Política
Quilombo (SC) | 06/11/2018 | 07:37

Informações: Redação Minutta e CNM
Foto: CNM

O prefeito de Quilombo (SC), Silvano de Pariz, concedeu entrevista a Confederação Nacional de Municípios (CNM) na semana passada, quando visitou a entidade. Ele falou sobre gastar menos do que se arrecada e o que fazer para equilibrar as contas.

“Temos muitos entraves burocráticos, empecilhos legais e principalmente muita limitação financeira para fazer frente às grandes demandas que batem a nossa porta”, disse Pariz. Ele contou qual a chave da mudança: adoção de gestão mais moderna, nos moldes da iniciativa privada. “Reduzimos o custo da folha de 54% para 42%, fechamos torneiras, cuidamos de detalhes nas aquisições, nas compras, nos controles”, mencionou. O prefeito contou que teve de reduzir custos, fazer uma reserva e organizar a administração.

Em quase dois anos de mandado, o prefeito de Quilombo disse à CNM que sabe muito bem onde quer chegar: “não quero ser um prefeito que simplesmente administra folha de pagamento, não quero ser um prefeito que, simplesmente, põe em seu currículo um certificado que foi prefeito. Eu quero, sim, dar significado ao meu certificado. Só vou fazer isso se eu fizer gestão com resultado”. Pariz reconhece que o lucro da administração é a satisfação do munícipe e que a prefeitura deve ter recursos próprios, ainda que mínimos, para poder fazer investimentos.

Em relação à distribuição dos recursos entre os Entes, o gestor defende que a forma deve ser melhorada e corrigida para que o volume seja mais condizente com as demandas. “É lá no pé, no sapato do prefeito, que o calo aperta, porque é lá que estão os problemas. Nós vivemos próximos ao cidadão”, sinaliza. No entanto, o gestor não se vitimiza, ele sabe que planejamento é a alma do negócio. “Achar culpados não vai resolver o problema”, salientou. E disse ainda: “um ano tem 12 meses e o mandato 48. Você não pode chegar em agosto e parar meio dia para reduzir custos”.

Capacidade

O prefeito de Quilombo falou também sobre recursos humanos. Para ele, não há mais espaço para acomodar um companheiro político. "Você precisa encontrar pessoas com perfil”, disse ao afirmar que não levou comissionados para sua gestão, por isso conseguiu reduzir a folha. “Se eu fizer isso foi consumir minha arrecadação com a folha”, explicou.