Parlamento Jovem abre discussão sobre AIDS

Política
São Lourenço do Oeste | 26/10/2015 | 10:19

Autor e foto: Marcelo Coan

Na manhã desta segunda-feira (26), com alunos da Escola Básica Municipal (EBM) Santa Maria Goretti, vereadores mirins do Parlamento Jovem lourenciano iniciaram a discussão sobre a questão da AIDS. A proposta, cujo tema é “Combata o vírus, não o amor”, foi proposta pelos próprios jovens e busca envolver outras nove escolas.

Éderson Hermann, coordenador do Parlamento Jovem de São Lourenço do Oeste, explicou que embora a campanha permanente seja o combate as drogas, a cada mandato os vereadores mirins levantam um assunto a ser discutido com a comunidade escolar. Segundo Hermann, é importante abrir a discussão sobre a AIDS, pois se trata de um tabu que ninguém quer falar. Como o assunto foi uma iniciativa dos próprios jovens, o formato proposto para a discussão permite que o tema seja mediado pelos vereadores mirins. Para dar suporte, um profissional da Secretaria de Saúde participa da discussão.

Hermann contou que as escolas têm a liberdade para escolher o melhor dia e horário para a discussão. A ideia é que até o fim de novembro todas as dez escolas que fazem parte do Parlamento Jovem tenham participado da discussão. Para cada escola há um grupo de vereadores mirins que coordena a conversa. “O importante é que eles se dedicaram, buscaram as informações, montaram a palestra e tiveram a iniciativa de apresentar um vídeo”, revela ele explicando que o programa Parlamento Jovem não visa apenas envolver o jovem na política. A intenção, de acordo com ele, é desenvolver também práticas de cidadania. “Esse debate promovido pelos vereadores mirins muda a consciência no meio escolar”, afirma ele.

Para a secretária de Educação, Lucia Iliane da Costa, a Juca, o assunto é uma escolha importante, especialmente por ter partido dos jovens. Disse também que a discussão tem que ser constante, pois o vírus continua a se proliferar. Em forma de orientação, pediu para que os alunos não guardem as informações, ou seja, transmitam para colegas e seus familiares.

Público

Como o tema remete às relações sexuais, Hermann disse que no início ficou difícil decidir qual seria o público alvo. “Nós fizemos uma reunião com todos os professores e entendemos que a idade apropriada é a partir de 11 a 12 anos”. Por essa questão, a campanha está envolvendo alunos que estudam a partir do 6° ano. “A gente precisa começar a discussão para que eles conversem em casa”.

Apoio

Junto com as informações, os alunos receberam um material impresso e uma fita vermelha alusiva a campanha. Embora seja realizado pelo Parlamento Jovem, o projeto conta com a parceria da Câmara Municipal, Secretarias de Educação e de Saúde. Algumas empresas do município são apoiadoras.