Policial que matou petista em festa é levado para casa com tornozeleira eletrônica

Policial
Foz do Iguaçu (PR) | 11/08/2022 | 11:06

Informações: G1PR
Foto: Reprodução/Redes sociais

O policial penal Jorge Guaranho, acusado de ter matado o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, foi autorizado a deixar a Penitenciária Estadual de Foz 2 e cumprir a prisão domiciliar em casa, após receber alta hospitalar, na quinta-feira (10). O crime aconteceu no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu (PR). Marcelo Arruda foi assassinado a tiros enquanto comemorava o próprio aniversário, que tinha como tema o PT. O acusado é apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e não era convidado da festa.

Guaranho ficou um mês internado, porque Marcelo revidou os disparos e o acertou, segundo as investigações. Na noite de quinta-feira, o policial deixou o Hospital Costa Cavalcanti escoltado por carros do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen). A Justiça determinou que Guaranho permaneça em prisão domiciliar por ter considerado a falta de estrutura apontada pelo sistema penal para abrigar o acusado. Com isso, após deixar o hospital, Guaranho foi para a Penitenciária Estadual de Foz 2 e, depois, foi para casa com tornozeleira eletrônica.

Justiça queria Guaranho no CMP

Antes de determinar a prisão domiciliar, a Justiça chegou a negar dois pedidos da defesa para que Guaranho fosse mantido detido em casa. Nos dois casos, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello havia determinado que o acusado fosse levado para o Complexo Médico-Penal (CMP). Entretanto, na quarta-feira (9), a direção do Complexo Médico-Penal informou não ter estrutura para receber o preso. Diante da resposta de que unidades prisionais ou o CMP não têm condições de prestar o atendimento médico necessário ao preso, o juiz determinou a prisão domiciliar.

O juiz determinou que Guaranho deverá ser monitorado por tornozeleira eletrônica e que só poderá sair de casa em caso de necessidade médico-hospitalar. Arguello afirmou que Guaranho permanecerá em casa "até que seja possível eventual remanejamento do réu para estabelecimento adequado, ainda que em outro Estado da Federação".

No despacho, o magistrado pede que o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) seja notificado a pedir uma vaga para Guaranho no sistema prisional federal.

Réu por homicídio duplamente qualificado

Apoiador do presidente Bolsonaro (PL), Guaranho é acusado de homicídio duplamente qualificado por matar a tiros Marcelo Arruda durante uma festa de aniversário, que tinha como o tema o PT. O crime foi em 9 de julho, e Guaranho não era convidado do evento. Ao ser baleado, o petista revidou e também atirou no policial.