Prefeito de Florianópolis é preso temporariamente em operação da Polícia Federal

Policial
Florianópolis (SC) | 18/06/2019 | 11:17

Informações e foto: Diário Catarinense

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, foi preso temporariamente na manhã desta terça-feira (18) na Operação Chabu, realizada pela Polícia Federal em Santa Catarina. A ação tem como objetivo desarticular uma organização que violava sigilo de operações policiais em Santa Catarina, de acordo com a Polícia Federal.

Ao todo, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão temporária e outros 23 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF 4) em Porto Alegre (RS).

Prefeito prestará depoimento na PF

Em nota, a prefeitura de Florianópolis afirma que o prefeito Gean Loureiro concordou em prestar todas as informações necessárias e prestará depoimento na Polícia Federal. Afirmou ainda que a suposta relação entre o prefeito e os envolvidos não teria nenhuma ligação com eventuais atos. "As informações preliminares dão conta de que não há nenhum ato ou desvio de recursos públicos relacionados à prefeitura", disse em nota. 

Investigação teve início com a operação Eclipse 

De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início após análise dos materiais apreendidos durante a Operação Eclipse realizada em agosto de 2018. Segundo a polícia, foi apurado que a suposta organização criminosa construiu uma rede composta por políticos, empresários, e servidores da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Conforme a polícia, os suspeitos, lotados em órgão de inteligência e investigação, tinham o objetivo de prejudicar investigações policiais em curso e proteger o núcleo político em troca de favorecimentos financeiros e políticos. 

"Durante as investigações foram apuradas várias práticas ilícitas, dentre as quais destacam-se o vazamento sistemático de informações a respeito de operações policiais a serem deflagradas até o contrabando de equipamentos de contra inteligência para montar 'salas seguras' a prova de monitoramento em órgãos públicos e empresas", afirmou a PF em nota.

Estão sendo investigados crimes de associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, além da tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa conforme a Polícia Federal.