Prefeito de município catarinense é preso nesta manhã

Policial
Nova Erechim (SC) | 01/03/2019 | 08:37

Informações: Diário do Iguaçu
Foto: Polícia Civil

Na manhã desta sexta-feira ( 1º), a Polícia Civil de Nova Erechim (SC) cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra Nédio Antônio Cassol, 61 anos, prefeito do município.

Segundo o Delegado Arthur Lopes, que coordena as investigações, a prisão é resultado do desdobramento do encerramento de dois inquéritos policiais nos quais relações do prefeito foram apuradas. "O prefeito fora indiciado em ambos os inquéritos por crimes de corrupção passiva, aplicação indevida de verba pública, bem como pelo crime de afastamento de licitante, em razão da solicitação de propina a empresários que mantinham contratos de serviços licitados com o município de Nova Erechim", explica.

De acordo com o delegado, mesmo após os indiciamentos, o prefeito teria continuado coagindo testemunhas e verbalizando ameaças, conforme levantado pelo responsável pelo Expediente da DPMu de Nova Erechim, agente de polícia Vitor Travassos.

Mandados de prisão

Ainda segundo o delegado Arthur Lopes, agora foi deferida judicialmente a representação da autoridade policial, com manifestação favorável do Procurador Geral de Justiça. “Foram expedidos os mandados de prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça, haja vista o foro por prerrogativa de função do Chefe do Poder Executivo Municipal, o que atraiu a competência da Corte Estadual de Justiça”, relata.

Medidas cautelares

Também foram deferidas as seguintes medidas cautelares em desfavor do secretário municipal Valdecir Solivo.

a) proibição de manter contato com a vítima e testemunhas;
b) suspensão do exercício das funções públicas. O secretário foi indiciado e denunciado
como coator do crime de aplicação indevida de verba pública.

Corrupção passiva

Em razão da primeira investigação, o Ministro Público denunciou Nédio Antônio Cassol pela prática do crime de corrupção passiva majorada, e, em concurso com o secretário, nas sanções do crime de responsabilidade de aplicação indevida de verba pública. Já o segundo inquérito policial resultou na denúncia ministerial de Nédio Antônio Cassol pela prática dos crimes de concussão e de coação no curso do processo, bem como nas sanções do crime contra as licitações de afastamento de licitante.