Autor: Marcelo Coan
Foto: SDR São Lourenço do Oeste

Na tentativa de viabilizar a eleição do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) de Santa Catarina deverá romper a aliança com o atual governador, João Raimundo Colombo (PSD), para pleitear a cadeira do Executivo estadual com candidato próprio.

De acordo com o presidente do PSDB de São Lourenço do Oeste, Tomé Francisco Etges, como há um projeto nacional com o Aécio, é preciso que no Estado exista uma estrutura de apoio, tendo em vista que Colombo sinalizou apoio a Dilma Rousseff e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) deve coligar com o atual governador e estar na chapa de Dilma.

Como o Partido dos Trabalhadores (PT) também já sinalizou que terá candidato próprio, em Santa Catarina deverá haver pelo menos três nomes para a cadeira máxima do Estado.

Por conta deste cenário, Etges adiantou que o PSDB deverá ter candidato próprio no Estado. Segundo ele, neste momento o partido busca a formação de uma aliança. “Temos algumas conversas adiantadas com alguns partidos menores, mas estamos conversando bastante com o PP [Partido Progressista]”, disse ele e explicou que ainda são conversas.

Embora busque a construção de uma aliança com o PP, Etges disse que o nome do PSDB ao Governo do Estado é o do senador Paulo Bauer. “Isto já está praticamente defino”, falou ele e explicou que o partido só não terá candidato próprio se houver uma aliança maior que garanta palanque dentro de Santa Catarina para Aécio Neves. “Se isto não acontecer, nós vamos ter candidato”, garantiu ele.

Questionado se estaria trabalhando nos bastidores para uma candidatura a deputado estadual, Etges garantiu que se depender dele não será candidato. Porém, explicou que será necessário analisar as circunstâncias. “Na semana retrasada o presidente [do partido em Santa Catarina] Paulo Bauer esteve em São Lourenço do Oeste e me pediu que aceitasse esta possibilidade de ser candidato”, falou ele e adiantou que isto não depende de uma decisão rápida.

Na avaliação do presidente do PSDB em São Lourenço do Oeste, uma candidatura envolve um comprometimento financeiro e estrutura. “Na verdade eu não me sinto preparado para enfrentar isto. Mas daqui um pouco a nossa participação pode se tornar necessária para que o partido tenha um representante na região”, disse ele e voltou a dizer que a intenção não é de ser candidato a deputado estadual. Mesmo com posicionamento contrário a sua candidatura, Etges defendeu que a região é carente de representação política.

Junto com outras questões, Etges coloca que a região é pequena e, por isso, o número de eleitores não é suficiente para eleger um nome da região. Para ele, independente de quem seja o candidato, para ser eleito é preciso contar com o apoio de outras regiões. “Não é uma tarefa muito fácil se a gente contar a questão dos eleitores da microrregião”, disse ele, justificando que este é um dos fatores que faz com que pense antes de se colocar como pré-candidato do partido.