Presidente do Sitraslo desabafa na tribuna popular

Política
São Lourenço do Oeste | 02/06/2015 | 17:14

Autor e foto: Marcelo Coan

Após o expediente da Câmara Municipal de São Lourenço do Oeste desta segunda-feira (1°), a presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São Lourenço do Oeste (Sitraslo), Nereide Curioletti, usou a tribuna popular e desabafou para os vereadores e trabalhadores que estavam presentes.

Além de expor um pouco sobre o trabalho do sindicato, Nereide falou dos problemas enfrentados com o ponto eletrônico, a falta de sintonia entre prefeito e vice-prefeito e a pressão que os trabalhadores do serviço público sofrem. Nem a administração passada foi poupada. Nereide disse que o governo passado nem recebia o sindicato para conversar e o de agora “só diz não”.

Apesar de todas as bancadas terem declarado apoio aos trabalhadores e alguns pedirem diálogo, a sindicalista disse que “de boas intenções o inferno está cheio”. Enfática, disse que quer saber de resultados. Segundo ela, a classe precisa de respeito, valorização e que suas reivindicações sejam atendidas. Quando fala em valorização, Nereide explica que não se trata apenas de valores, pois se fosse só isso o sindicato brigaria na justiça pela reposição.

Alegando que hoje a classe não tem respaldo diante do Executivo, Nereide quer que as bancadas do Legislativo e outros partidos se unam em defesa dos trabalhadores do serviço público municipal. “Algum caminho tem que existir. Eu não sei como, mas deve haver um caminho, não que obrigue, mas que faça a pessoa entender e ver que está errando”, disse ela alegando que o prefeito está governando como coronel.

Ponto eletrônico

No caso do ponto eletrônico, além de o prefeito, Geraldino Cardoso, revogar a decisão do vice-prefeito, Daniel Rodrigo Hippler, que previa a tolerância de cinco minutos, o sindicato alega que os equipamentos apresentam problemas constantemente. “Ele [ponto eletrônico] é acoplado a internet. Se falta luz, não funciona. Se der algum problema na internet, não funciona”, falou lembrando ainda que o computador aonde o programa está instalado não é exclusivo para o ponto eletrônico.

A presidente do Sitraslo expôs também que quando um trabalhador bate o ponto atrasado há desconto em folha. “Se o chefe imediato não justificar, tem desconto na folha”.

Encaminhamentos

Nereide disse que todos os assuntos apresentados na tribuna popular irão compor uma pauta de reivindicação que será protocolada na prefeitura. A ideia é aguardar um prazo legal de 15 dias e, caso nada seja feito, a promessa é recorrer ao Ministério Público (MP).

Questionada sobre uma possível paralisação, Nereide adiantou que no serviço público municipal é difícil fazer paralisação. “O pessoal tem muito medo”. Entretanto, se todos os esforços forem esgotados e a classe não obter nenhum resultado, há a possibilidade de um ou dois dias de pausa. “A gente tenta ajudar o trabalhador, mas não temos respaldo do Executivo. A avaliação é que eles não estão nem aí com o trabalhador”, lamenta.