Simulação de emergência com produto químico é feita em Chapecó

Geral
Chapecó | 30/09/2016 | 16:38

Informações e foto: Governo do Estado

A Secretaria de Estado da Defesa Civil, em parceria com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), realizou o curso e simulado de atendimento a emergências químicas. A aula teórica foi realizada na Unoesc, em Chapecó. No total, 39 profissionais que atuam em ocorrências de produto perigoso participaram da capacitação, além de quatro instrutores.

Na quinta-feira (29), houve o simulado de acidente envolvendo produto perigoso. O local escolhido foi a SC-480, trecho de Chapecó ao Goio-Ên (divisa com o Rio Grande Sul), próximo ao Country Club. O trânsito foi desviado pelas vias laterais e tudo foi preparado como se fosse uma ocorrência real. Conforme o gerente de Gestão de Produtos Perigosos da Defesa Civil, Almir Vieira, o curso e o simulado ajudam os profissionais que atuam nessas ocorrências a agirem diante de um acidente com produto químico.

Os alunos foram divididos em equipes para atender uma suposta vítima. Um homem caído entre um carro e um caminhão, na SC-480, com o suposto produto químico escorrendo sobre ele. Em seguida, sirenes de viaturas pediam passagem no trânsito para chegarem rápido ao local.

Ninguém sabia qual tipo de produto era transportado pelo caminhão. A primeira equipe avaliou a segurança da cena e encontrou as placas de identificação do suposto produto químico: solução de Peróxido de Hidrogênio (H2O2). Uma substância química com propriedades ácidas e ação oxidante. Ele é usado nas reações de oxidação, nos processos de branqueamento das indústrias de celulose, papel, têxtil, bem como no tratamento de efluentes e do ar exaurido e, ainda, em várias aplicações no setor de desinfecção.

Simulando uma situação real, os profissionais isolaram a área numa distância de aproximadamente 100 metros até a vítima para evitar a aproximação de curiosos. "Quando se trata de acidente com produto químico, deve-se manter distância para evitar o risco de contaminação", diz Vieira. No simulado, foi montado um stand para a imprensa e pessoas que passavam pelo local para que pudessem acompanhar de longe e aprender a se comportar numa situação semelhante.

O resgate

Vestidos com uma roupa amarela que cobre o corpo todo, os socorristas se preparavam para salvar a vítima. Eles usam o Equipamento de Proteção Individual de Nível A, que protege o corpo da exposição dos gases tóxicos.

Antes de levar a vítima ao hospital, a equipe fez a descontaminação. "O homem que estava caído e os próprios socorristas passaram por uma ducha de água e detergente neutro", explica Vieira. Em seguida, os bombeiros a conduziram até o helicóptero do Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico (Sara). De lá, seguiram até o hospital.

O coordenador municipal da Defesa Civil de Maravilha, Valdecir Sartori, participou do curso junto aos outros 38 alunos. Para ele, o simulado é a melhor forma de aprender. "Temos que continuar com esse tipo de treinamento para estarmos melhores preparados para as ocorrências", afirma.

Participaram do simulado a Defesa Civil Municipal e Estadual, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar Rodoviária, Polícia Militar Ambiental, Agentes de Trânsito, Vigilância Sanitária, Fundação do Meio Ambiente, Conselho Regional de Química, e profissionais que atuam no transporte de produtos perigosos.