Suspeitos de cometer fraude em São Lourenço do Oeste continuam presos

Policial
São Lourenço do Oeste (SC) | 15/07/2019 | 20:46

Informações: Redação Minutta e Polícia Civil
Foto: Prefeitura de São Lourenço do Oeste

A Polícia Civil de São Lourenço do Oeste (SC) emitiu nesta segunda-feira (15) uma nota de esclarecimento. O motivo? Mensagens estariam circulando por meio de aplicativos de celular insinuando que houve pagamento, a ser realizado por vítimas em favor de terceiros, no montante percentual proporcional ao valor de mercadorias eventualmente recuperadas na Operação Iceberg.

A Operação Iceberg foi deflagrada no dia 8 de julho, onde seis pessoas foram presas temporariamente suspeitas de associação criminosa voltada para a prática dos delitos de estelionato, duplicata simulada e lavagem de capitais. As fraudes ocorriam nas cidades de São Lourenço do Oeste, Pato Branco (PR) e Chapecó (SC), entre outras dos Estados catarinense e paranaense. A prisão temporária de cinco dias, dada na semana passada, teve a prorrogação de mais cinco dias, ou seja, os suspeitos continuam presos.

Na nota, a Polícia Civil esclarece que não houve, por parte da Polícia Civil, a contratação de qualquer serviço particular relacionado a recuperação de mercadorias (vigilância, maquinário, etc.), não existindo, portanto, qualquer custo relacionado às atividades desempenhadas pelos órgãos policiais envolvidos. A Polícia Civil agradece a disponibilidade de recursos por diversas vítimas/empresários, os quais proporcionaram voluntariamente a realização de vigilância particular, maquinário e auxílio material no transporte de objetos, tudo às próprias expensas e sem qualquer custo ou benefício solicitado à Polícia Civil.

Na nota, a mensagem diz ainda que "eventuais serviços prestados em esfera cível ou em atividade extra, incluindo assessoria jurídica e/ou administrativa, não tem ou teve qualquer vínculo com a Polícia Civil".

Sobre a operação

As investigações tiveram início no dia 13 de junho deste ano, data em que foi protocolado o primeiro Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia de São Lourenço do Oeste.

Na data da operação policial, norteados pelos boletins de ocorrência que já haviam sido registrados, as autoridades policiais determinaram a apreensão de grande quantidade de objetos/mercadorias (supostos produtos dos crimes anteriormente noticiados), sendo necessários quatro dias para que os objetos fossem devidamente inventariados – motivo pelo qual não foi possível informar, de modo imediato, a respectiva apreensão a todas as vítimas até então identificadas;.

A polícia esclarece que os cidadãos que sofreram algum tipo de perda e ainda não procuraram a polícia, que faça isso diretamente em qualquer unidade da Polícia Civil (ou outro meio oficial), de forma gratuita, não havendo necessidade da intermediação de terceiros para que o fato chegue ao conhecimento dos delegados.

Crime

A Polícia Civil esclarece na nota ainda que "a solicitação, exigência, cobrança ou obtenção de vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, constitui crime de Tráfico de Influência", previso do Código Penal. A pena é de reclusão, de dois a cinco anos, e multa. As denúncias podem ser feitas pelo 181 e de forma anônima.