Autor e fotos: Marcelo Coan

Na noite desta quinta-feira (5), vereadores mirins de cinco legislaturas se reuniram para uma confraternização. O evento, que foi organizado pela Casa de Leis de São Lourenço do Oeste, é uma sequência do que foi realizado em 2014.

Diferente da confraternização do ano passado, onde o momento foi mais de diálogo entre os vereadores mirins, neste ano a coordenação do Legislativo preparou um workshop sobre liderança, ética, moral e a conduta na sociedade. Depois disso, cada um pode explanar um pouco sobre a experiência de participar no Parlamento Jovem. Os vereadores da Câmara adulta também usaram a palavra.

O presidente do Legislativo, Edu Antonio Borges (PT), adiantou que irá baixar a portaria e a equipe da Câmara iniciará o trabalho para uma nova eleição do Parlamento Jovem. Ao lembrar que política não é apenas ser vereador, prefeito, deputado, senador, governador ou presidente da República, Borges orientou os jovens para que estejam preparados para atuar sempre com ética, respeito às leis e ao cidadão.

Experiência

Primeira secretária na legislatura de 2011, Vanuza Flor disse que o programa ajudou em vários fatores, mas principalmente no desenvolvimento, por exemplo, da oratória. Segundo ela, o processo conseguiu formar um olhar mais crítico e entender o que é possível cobrar das autoridades.

Processo eleitoral

Como o presidente da Câmara Municipal confirmou a manutenção do programa, em breve um novo processo eleitoral deve ser iniciado. Segundo o coordenador do Parlamento Jovem de São Lourenço do Oeste, Éderson Hermann, a ideia é a de que no mês de abril os novos vereadores mirins sejam empossados.

Conforme Hermann, no município os jovens vivenciam realmente um processo eleitoral, pois há, por exemplo, um período para o registro das candidaturas, homologação, campanha, apuração, eleição, diplomação e posse. Além disso, para participar o aluno precisar ser ficha limpa – não ter advertência e ter bom comportamento.

Programa Parlamento Jovem

De acordo com Hermann, o programa tem duração de três anos. No primeiro ano o jovem atua como vereador. Nos outros dois a atuação é como conselheiro mirim. “Eles continuam no programa, mas mais no sentido de auxiliar os vereadores que estão chegando. Também ajudam na divulgação do programa nas escolas”, disse ele lembrando que neste período todos têm a oportunidade de participar de cursos.

Questionado, o coordenador contou que o programa foi criando com o objetivo de abrir um canal de participação para os jovens. Segundo ele, muitas demandas acabam se tornando proposições. Como todas as sugestões são homologadas pela Casa de Leis, através dos vereadores, os pedidos e sugestões acabam tendo um maior peso e, muitas delas, são atendidas pelos órgãos responsáveis.

Participação

Em média, hoje são entre 50 e 60 inscrições. Dez escolas participam do programa. “Infelizmente o interesse tem sido dos mais jovens, na faixa de 12, 13 e 14 anos”, lamentou ele.