Informações: Facisc
Foto: Imagem da campanha
Associações Empresariais de todo o Vale do Itajaí e a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) iniciam nesta terça-feira (8) uma ação para cobrar celeridade na duplicação da BR-470 e na elaboração dos estudos que podem definir a concessão da rodovia. A campanha adota os slogans: "Faça igual ao governo: vá devagar" e "Imprudência mata. Incompetência também".
O objetivo é despertar não apenas a atenção do governo, mas também dos usuários da rodovia federal. Isso porque mais de 500 pessoas já morreram desde que a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a agilizar a duplicação da BR-470, em 2010.
Passados quase seis anos, as obras da duplicação avançam a passos lentos, em apenas dois dos quatro lotes contratados entre Navegantes e Indaial e diversas áreas às margens da rodovia ainda aguardam desapropriação. A partir da publicação do novo Plano Plurianual do Governo Federal (2016/2019), o prazo para a conclusão das obras de adequação de capacidade ainda saltou de 2017 para 2022.
A situação é tão preocupante que o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) da BR-470, aceito pelo Dnit há dois anos, estimou que a partir de 2021 uma nova faixa terá de ser construída entre Blumenau e Indaial. Ou seja, antes mesmo da obra concluída, o nível de serviço da nova BR-470 poderá estar comprometido.
O mesmo EVTEA concluiu como ''altamente recomendável" a duplicação de toda a rodovia até a BR-116, com a construção de contornos viários em municípios como Ascurra e Apiúna. O investimento total foi estimado em R$ 3,4 bilhões, ainda em novembro de 2012.
Em junho do ano passado, o Ministério dos Transportes publicou chamamento público para a elaboração de estudos de viabilidade para a concessão de toda a BR-470 entre Navegantes e a divisa SC/RS. A proposta inclui ainda parte da BR-282.
A partir desta campanha, o objetivo das associações signatárias ao movimento é promover encontros periódicos para cobrar com maior firmeza o cumprimento de prazos, mais recursos, além da celeridade nas obras de duplicação e nos demais contratos em andamento, como o de Reabilitação e Manutenção de Rodovias (Crema 2).