Informações: NSC
Foto: Divulgação
A informação de que um ciclone bomba pode causar vendavais em Santa Catarina na terça-feira (12) movimentou as redes sociais nos últimos dias. A meteorologia, porém, ainda diz que não há indicativo de que o sistema possa trazer problemas ao Estado. Isso porque, caso o fenômeno realmente se forme, as chances são altas de isso ocorrer a quilômetros de distância do continente, em um ponto do alto-mar que pouco — ou nenhum — reflexo trará aos catarinenses.
Nicolle Reis, meteorologista da Defesa Civil do Estado, reforçou que os modelos seguem indicando que sim, na terça-feira deve haver a formação de um ciclone extratropical próximo ao Sul do país, mas não há riscos relacionados a esse sistema, justamente pela distância.
Apesar dos ciclones serem comuns, o que deve trazer temporais para Santa Catarina especialmente na terça é uma frente fria, que terá passagem rápida pelo Estado, mas trará condições para chuvas isoladas com rajadas de vento e possível queda de granizo.
Meteorologista da Defesa Civil de Blumenau, Emily Ramos também concorda que não há nada prevendo um cenário semelhante ao de 2020, quando o Estado foi castigado pelo que é considerado o maior desastre com ventos da história catarinense. À época, 204 cidades tiveram danos, 11,5 mil pessoas ficaram desalojadas e 112 feridas com a passagem de uma frente fria e ciclone bomba.
O termo é usado para se referir a uma categoria de ciclone. No caso do bomba, a queda da pressão atmosférica é brusca, algo que intensifica as instabilidades. No entanto, as probabilidades do sistema que está em formação se tornar um bomba são baixas e sem expectativas de riscos, complementa o meteorologista especialista em ciclones explosivos, Hugo Nunes Andrade. "Para os próximos dias não vejo nada que seja tão impactante. É importante frisar o cuidado em emitir alertas desse tipo e recomendar sempre a consulta aos órgãos oficiais", orienta.
Como um ciclone se forma?
A explicação para a formação de um ciclone é que o ar quente e úmido (menos denso), vai para as camadas superiores da atmosfera. Enquanto isso, o ar frio e seco (mais denso) é rebaixado para a superfície, o que gera a redução da pressão atmosférica. A condensação do ar quente libera calor e gera instabilidade na área. Por consequência, o ciclone se forma.