Informações e foto: Sescoop
Ferramentas financeiras para o agronegócio foi o foco de um workshop que reuniu dirigentes, gestores e colaboradores de cooperativas, na última semana, em Chapecó. O evento foi promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC) com o objetivo de avaliar e discutir as alternativas para as cooperativas agropecuárias e de crédito do Estado.
A programação incluiu a discussão de assuntos como o mercado de títulos para o agronegócio e estruturação das operações, estrutura das operações, formatação das operações, alterações do manual de crédito rural MCR5 - Plano Safra e Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017.
O instrutor e doutor em Direito Comercial, Renato Buranello, destacou que a intenção foi mostrar um pouco do novo sistema de financiamento da atividade. Explicou que desde 1994, novos títulos do crédito de financiamento do agro surgiam para, de certa forma, compensar e qualificar um pouco mais o crédito privado para o setor. “Essa situação não compete com o sistema de crédito rural, mas vem complementar”.
Segundo Buranello, dentro do Plano de Safra existe uma pressão se os volumes de créditos serão mantidos, se serão atendidos e, a cada ano, as coisas vão ficando mais apertadas, pois as taxas aumentam ou as linhas não têm os volumes adequados. “A importância desse painel é que se crie, de forma sustentável, um novo sistema de financiamento, ou seja, que a gente comece a andar sobre outras fontes e, portanto, permaneça menos dependente das fontes atuais”, enfatizou.
O instrutor ressaltou, ainda, que o Brasil está passando por um quadro importante de ajuste fiscal, de tentativa de conter as despesas públicas e, de certa forma, encontrar equilíbrio e o agronegócio não está fora disso. “Então, ou nos debruçamos e avançamos nesse novo sistema ou, em algum momento, essa conta pode não fechar. A importância nesse momento é que o quadro geral já aponta para que façamos esse exercício de encontrar novas fontes, fontes privadas, mais baratas e menor volume de subsídio”, completou.
O workshop também contou com explanação de Paulo Cezar Dias do Nascimento Júnior, engenheiro agrônomo e mestre em Economia aplicada. Atuaram como debatedores Gunther Knak, gerente executivo do Banco do Brasil, Luciano Ribeiro Machado, superintendente comercial do Bancoob, Isael Kremer, do Banco do Brasil e Rodinei Munaretto, do Sicoob Central.