Deputada Italo-brasileira segue na busca de informações sobre o mensaleiro Pizzolato

Política
Itália | 04/12/2013 | 10:07

Autor: Marcelo Coan
Foto: Arquivo Pessoal

Na última semana, a deputada ítalo-brasileira – eleita no Brasil para fazer parte da Câmara italiana –, Renata Bueno disse, da Itália, que havia solicitado algumas informações junto ao Ministério das Relações Exteriores sobre Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, que junto com outras 11 pessoas, foram condenados pelo caso do mensalão.

A ideia era levantar informações se a documentação do mensaleiro era válida, em qual consulado ele estaria registrado e se tem algum indício da entrada ou presença dele na Itália, já que algumas informações extraoficiais apontam que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil estaria foragido no país italiano.

Como a solicitação não havia sido feito de forma oficial, Renata contou que não teve nenhuma resposta — devido a um momento crítico na política local do país —, entretanto na última segunda-feira (2) ela protocolou uma interrogação oficial (question time) estendendo o pedido de informação ao Ministério das Relações Exteriores.

Com a oficialização do pedido, Renata explicou que agora o Ministério fica na obrigatoriedade de responder. “Vamos ver o que eles nos dizem”, disse ela, e adiantou que de qualquer forma não existe um prazo determinado para as respostas, mesmo quando se trata de um pedido com retorno imediato.

Ainda que existam algumas informações extraoficiais de que Pizzolato estaria foragido na Itália, a deputada ítalo-brasileira disse a questão está calma e as pessoas não comentam sobre o assunto no país. “O que eu tenho tentado fazer é justamente alarmar e chamar a atenção para a gravidade do problema. Não existe preocupação ou interesse do governo italiano”, falou ela, e emendou que o país passa por um momento histórico, ou seja, a cassação de Silvio Berlusconi. “O país está paralisado, com o foco nisto”.

Renata chegou a reclamar que, por conta desta questão – o caso de Berlusconi –, não tem tido espaço para trabalhar. Uma das alternativas adotadas é a conversa com a imprensa e insistência com o governo, porém ela afirmou que a questão não é vista como algo que preocupe os italianos. “A gente está aguardando e estudando para ver quais serão os próximos movimentos. Vamos ver agora como consigo proceder com este novo pedido [de informações]”.