Especialista defende que peso máximo de mochilas seja 10% do peso corporal

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São Lourenço do Oeste | 16/01/2014 | 10:18

Informações: Agência Brasil
Foto: Arquivo/Minutta

Na hora de comprar o material escolar, um item merece atenção especial: a mochila. Com o peso muitas vezes excessivo, as mochilas precisam ser adequadas para distribuir bem o peso e não prejudicar a postura dos estudantes. Os pais devem ficar atentos para evitar que os filhos carreguem peso maior que o recomendável.

A Academia Americana de Pediatria considera que o ideal é que a mochila tenha entre 10% e 20% do peso corporal do estudante. Há instituições que defendem o percentual de 15%. O ortopedista pediátrico e professor na Santa Casa de São Paulo, Claudio Santili, explica que falta consenso porque não há pesquisas conclusivas sobre o tema. Ele defende que o peso máximo do material escolar carregado pelos estudantes seja 10% do peso corporal.

O uso de mochilas com peso excessivo, especialmente se carregadas de forma inadequada, pode provocar dores e até problemas na postura. Ao escolher uma mochila, é importante que ela seja leve. Quando estiver vazia, não deve pesar mais que meio quilo.

As alças devem ser acolchoadas, reguláveis e com largura mínima de quatro centímetros na altura dos ombros. Tiras estreitas podem causar compressão nos ombros e restringir a circulação. As mochilas com rodinhas podem ser uma alternativa para o excesso de peso.

As discussões em torno do excesso de peso das mochilas de crianças e adolescentes resultaram em um projeto de lei, aprovado em novembro do ano passado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que determina que as mochilas devem ter, no máximo, 15% do peso do estudante. O projeto também obriga as escolas a ter armários para os estudantes guardarem material. O texto, no entanto, não prevê nenhum tipo de fiscalização, nem sanções para quem descumprir a norma. O projeto ainda precisa retornar à Câmara dos Deputados.