Família autoriza e Hospital São Lucas realiza mais uma captação múltipla de órgãos

Geral
Pato Branco | 06/08/2015 | 14:20

Informações: Cristiane Sabadin Tomasi
Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (5), graças ao consentimento de familiares, o Hospital São Lucas realizou mais uma captação múltipla de órgãos. O doador, um homem de 40 anos, passou mal na semana passada e foi diagnosticado com aneurisma cerebral. Após uma semana de internação, faleceu na terça-feira (4).
Deste paciente foram captados diversos órgãos: fígado, rins, pâncreas e coração (este último ficou em Pato Branco e foi encaminhado para um receptor que aguardava cirurgia na Policlínica). Os outros órgãos foram levados a Curitiba, para o hospital Angelina Caron.

Segundo Sérgio Luiz Wosker, diretor superintendente do São Lucas, assim que a morte encefálica do paciente foi diagnosticada iniciaram os procedimentos na tentativa da captação de órgãos. “Começa então o processo de falar com a família. Sempre que possível, fazemos uma consulta prévia, antes mesmo do diagnóstico, para saber se existe interesse caso a morte se confirme.”

Neste caso, a doação se concretizou. O sucesso do procedimento, desde a notícia da morte encefálica até a autorização da captação dos órgãos, depende muito do envolvimento da equipe hospitalar que atende os familiares. “Estamos tentando fazer com que as pessoas percebam a necessidade da doação, mesmo num momento de dor, de angústia das famílias, mas é relevante que saibam que uma vida se perde, mas que irá salvar outras.”

O diretor afirma que a captação é uma das referências do Hospital São Lucas, que atua intensamente nessa área. “Temos tido respaldo da central, tanto que fomos premiados em nível nacional como o hospital que mais capta órgãos dentro das centrais”, declara.

Ato de amor

A vontade do doador em vida foi levada em consideração pela família do paciente. De acordo com a enfermeira Leocádia Brufati Fagundes, estava escrito em sua carteira de identidade, que ele “era doador de órgãos”. O documento emitido na década de 90, não é mais usual e nem garantia de que isso realmente ocorra, mas felizmente, a consciência veio da mãe, que autorizou a captação. “Partiu dela a atitude. Parabenizo a mãe e a família, porque sabemos que não é uma hora fácil, mas mesmo assim eles conseguiram aceitar e ficaram felizes em poder ajudar a salvar outras vidas. É realmente um ato de amor.”

É importante deixar claro aos familiares o desejo de ser um doador, no entanto, apenas o consentimento dos parentes próximos faz a doação realmente se materializar. Neste caso, a família disse sim, considerou a vontade da pessoa em vida, e ajudou a mudar o rumo de muitas pessoas.