Autor e foto: Angela Maria Curioletti
Ela tem três meses, ele tem seis. Podem parecer muito novos, mas estão cheio de energia e já reagem bem às brincadeiras propostas pelos policiais civis de São Lourenço do Oeste. A cadela, da raça Labrador, e o cão, um Pastor Belga Malinois, integram o canil da Delegacia Civil junto com outros quatro cães.
Ainda é cedo para dizer se eles estarão aptos para trabalhos futuros, em operações policiais, mas diariamente os filhotes são apresentados a maior variedade possível de ambientes para se acostumarem com o barulho de veículos, matas, áreas urbanas e até mesmo com outros animais.
Para Neilan Canabarro, agente da Polícia Civil e coordenador do canil de São Lourenço do Oeste, uma das atividades rotineiras é a brincadeira com uma bolinha. “Parece simples jogar a bolinha ou outro brinquedo qualquer para o cão e pedir para que ele pegue, mas o ato está cheio de significados técnicos”, garante.
Quando os cães são orientados a pegar a bola, Canabarro e Marcelo Bezerra, também agente policial responsável pelo canil, prestam atenção a detalhes, como foco do animal, persistência e movimentos. Tudo isso vai ajudar os policiais a saberem também para que atividade o cão poderá ser usado, como na procura de entorpecentes ou no ataque.
A cadela é resultado de uma cruza com o cão de faro Apolo, da Polícia Civil de São Lourenço do Oeste. Já o cão é do Rio Grande do Sul e chegou à polícia através de doação.
Estrutura
Bezerra reforça que a ração para alimentar todos os cães chega através do Governo do Estado, mas que a ajuda constante do Conselho Municipal de Segurança (Comseg) de São Lourenço do Oeste é fundamental para a manutenção do canil. O Poder Judiciário local também auxilia bastante, conta Bezerra.
Os policias adiantam que há promessa para 2014 da construção de quatro novas baias. Hoje, o canil de São Lourenço do Oeste é o melhor do estado catarinense no quesito operacional.
Como trabalha um cão policial
Normalmente, os cães que atuam junto à polícia trabalham nas seguintes ações: imobilizar um suspeito até que seja revistado; atacar criminosos; reconhecer, pelo faro, drogas e explosivos; e localizar pessoas desaparecidas na mata ou em um cativeiro. O aprendizado de cada uma dessas tarefas segue o mesmo método de ordem e recompensa.