Autor e foto: Marcelo Coan

Na noite desta terça-feira (1°), na sede do Rotary Club São Lourenço, a jovem intercambista da Suécia, Ingrid Johanna Geeraedts, se apresentou oficialmente aos membros do clube. Apesar de ainda ter um pouco de dificuldade com a língua portuguesa, Ingrid compartilhou dados históricos, geográficos, arquitetônicos, gastronômicos e números econômicos de seu país. Membros da diretoria do clube também fizeram uma apresentação do município para a jovem e demais participantes do evento.

Questionada, Ingrid explicou que escolheu o Brasil para o intercâmbio devido a cultura. A isso ela soma a hospitalidade do povo. A maior dificuldade, por enquanto, tem sido o clima quente, já que na região onde sua família reside as temperaturas no verão são iguais as do inverno no Brasil.

Ingrid, que hoje tem 16 anos, contou que começou a viajar sozinha com 11 anos, pois a família do seu pai reside na Holanda. Por conta disso, a jovem fala holandês, sueco, inglês, francês e o português intermediário. Além disso, entende bem o alemão.

Sandra Turra, “mãe” de Ingrid no Brasil, disse que é uma mistura de emoções. Ela fala isso porque, além de abrir as portas de sua casa para a intercambista sueca, a sua filha, Karina Cofferi, participa de um intercâmbio na Alemanha. “Primeiro é a preocupação de receber bem um estrangeiro que não conhece nossa cultura, nosso idioma e veio para aprender. Ao mesmo tempo, preocupação em mandar um filho para outro continente. Você não sabe se está feliz ou se está triste”, resume ela.

Apesar de alguns conceitos já estarem formados, Sandra disse que receber um intercambista é como educar um filho adulto. Como o objetivo é ensinar o idioma, a cultura e os costumes, a língua intermediária, no caso o inglês, é utilizada só em últimos casos. Sandra explica que no início é um pouco estranho, pois “sempre tem uma pessoa estranha dentro de casa que precisa se adaptar ao seu dia a dia”.

Ao lembrar que na Alemanha a sua filha esteve reunida com 50 intercambistas de 45 nações, Sandra afirma que é uma experiência fantástica. “Eles voltam como embaixadores da paz”, disse ela prevendo que se tornarão jovens melhores.

Rotary

Segundo o presidente do Rotary Club São Lourenço, Jociel Beal, a troca de experiências através dos intercâmbios é uma forma de fortalecer o clube. Embora seja ofertado pelo Rotary, o programa de intercâmbio é aberto para toda a sociedade. De acordo com Beal, a seleção apenas precisa seguir alguns critérios. A partir de setembro um novo processo de seleção deve ser aberto. Hoje o Rotary de São Lourenço do Oeste tem um intercambista fora do país.