Justiça condena dois auditores fiscais à prisão por crimes de ordem tributária

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Florianópolis | 30/06/2015 | 12:48

Informações: Ministério Público
Foto: Reprodução

Dois auditores fiscais foram condenados pela Justiça à prisão após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Oidivo Leonam Johnson Pereira foi condenado a 31 anos e seis meses de reclusão, além de R$ 50,490 mil de multa. Neiro Rosito Borges foi condenado a 14 anos de reclusão e multa de R$ 22,440 mil. As multas serão atualizadas desde 2010. O Ministério Público denunciou os dois auditores fiscais por terem recebido dinheiro para não lançar tributos ou cobrar parcialmente, além de facilitar o desvio de barreiras fiscais.

Oidivo, que atuava como fiscal no Estado de Paraná, identificava caminhões com carga de suínos vindos de Santa Catarina com notas ilegais e cobrava pagamento para liberá-los no posto fiscal Berthier de Oliveria, em Sengés. Algumas vezes, o fiscal cobrava propina de caminhões retidos, mas que não apresentavam irregularidades. Neiro deixava de autuar os caminhões no posto fiscal de Abelardo Luz, sem lançar o ICMS devido na operação e as multas aplicáveis.

A Justiça decretou, ainda, a perda do cargo público dos dois servidores. De acordo com a sentença, eles se utilizaram de sua posição para delitos "com abuso de poder ou violação de dever com a administração pública".

As investigações iniciaram a partir de indícios de fraude na compra e venda de suínos com o objetivo de sonegar impostos. No decorrer da apuração, com o apoio do de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi identificada a participação dos servidores públicos, que foram presos na Operação Moccus, realizada ao final da investigação, e libertados posteriormente por decisão do Superior Tribunal de Justiça.