Autor : Marcelo Coan
Foto: Reprodução/Facebook
Tendo em vista que sábado (5) foi o último dia para que Magistrados, secretários estaduais e ministros de Estado que pretendem concorrer às eleições de outubro se desincompatibilizassem dos cargos, o lourenciano João Carlos Ecker foi nomeado, na última sexta-feira (4), como secretário de Infraestrutura do Estado de Santa Catarina, uma das maiores pastas catarinenses.
Ecker, que assume de forma interina o cargo deixado por Valdir Vital Cobalchini — deputado estadual licenciado —, deverá permanecer até o início de maio.
Conforme o lourenciano, como há uma indefinição sobre a continuidade do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com o governo de João Raimundo Colombo, o nome dele foi escolhido, pois já estava dentro da pasta. “Em maio vai ter a definição”, disse.
Embora estivesse na secretaria há mais de um ano, Ecker explicou que neste tempo coordenou o projeto das obras emergenciais do Estado junto com o governo federal, Defesa Civil e Ministério da Integração Nacional e estreitou contatos. Por isto, e por não estar o tempo todo dentro da secretaria, ele confessou que não está “por dentro” de tudo o que ocorre na pasta. Contudo, ele adiantou que, no comando da Secretaria, o objetivo é dar continuidade nos trabalhos e projetos.
Para garantir o andamento das ações, Ecker reuniu todos os diretores na tarde desta segunda-feira (7) para pedir o apoio nos trabalhos. “Vou pedir a todos que nos ajudem neste período, pois a Secretaria tem muitas obras em parceria com o Deinfra [Departamento Estadual de Infraestrutura] em todos os municípios e em vários programas”, explicou.
Ainda nesta semana, o secretário interino cumprirá uma agenda na região de Chapecó e São Lourenço do Oeste. A intenção é vistoriar as obras do Estado que estão em curso na região.
Aliança e decisões
Como há duas correntes dentro do PMDB — uma que defende a permanência com o atual governo e outra que busca a candidatura própria —, Ecker falou que após a pré-convenção do partido no próximo dia 26, Cobalchini deverá ser ouvido para a indicação do secretário que continuará as ações de maio em diante. “Neste momento, eu vou cuidar as questões administrativas, atender os prefeitos e lideranças. Vou tocar a secretaria”, adiantou ele.
Como é um partido grande, Ecker disse que é natural a busca pelo cargo maior dentro do Estado: o governo. Por conta disto, segundo ele, o PMDB de Santa Catarina tem duas correntes. Uma, que é liderada pelo vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, senador Luiz Henrique da Silveira e o deputado Cobalchini, que busca a permanência com Colombo. Por outro lado, há um grupo liderado pelo deputado federal Mario Mariani e ex-governador Paulo Afonso que defende a candidatura própria ao governo do Estado. “Os dois grupos estão fazendo reuniões por todo o Estado, cada um defendendo a sua posição”.
A pré-convenção em Florianópolis será uma oportunidade aos delegados, membros do diretório estadual e os que têm mandato eletivo, cerca de 550 pessoas, de decidir o destino do PMDB. “É uma disputa democrática, em que os dois lados têm muitos argumentos para defender as suas posições”, adiantou ele.