Microempreendedor vê oportunidade de negócio na troca da embalagem

Geral
São Lourenço do Oeste | 24/03/2016 | 09:29

Autor e fotos: Angela Maria Curioletti

O microempreendedor Maikon Piccini Soccol trabalha a cerca de um ano no ramo de alimentação. Com um trailer na praça municipal da Bandeira, em São Lourenço do Oeste, ele vende lanches rápidos, como cachorro-quente. Ele conta que trocou a fotografia, trabalho ao qual se dedicou exclusivamente há oito anos, pelo novo empreendimento devido a uma oportunidade de negócio que apareceu. Ele, que já trabalhou como garçom, tem na família algumas pessoas envolvidas no ramo de alimentação. “Sempre cozinhei em casa e o ramo é algo que me atrai”, diz.

O negócio deu tão certo que Soccol saiu do aluguel e comprou o trailer de lanches, meses atrás. A esposa Beatris é seu braço direito e, juntos, eles veem em cada obstáculo novas oportunidades de negócio. Uma delas foi a troca da sacola de plástico pelo saco de papel.

Ecologicamente correto

Há cerca de um mês, os clientes do trailer de Soccol levam para casa o lanche dentro de um saco de papel. O microempreendedor conta que o método deixa o lanche quente e mais atrativo também, já que é uma embalagem diferente. Sobre a reação dos clientes, ele garante que até agora não houve nenhuma queixa, pelo contrário, só ouviu elogios.

Soccol conta que a troca das embalagens era algo que ele já tinha em mente, mas revela que antecipou devido à lei das sacolas plásticas, aprovada em São Lourenço do Oeste em 2015. Mesmo agora com a prorrogação da lei – outubro de 2016 -, o microempreendedor garante que não voltará atrás da decisão.

Os custos são mais altos. “O saco de papel é quatro vezes mais caro que a sacola de plástico”, diz Soccol. Mas, para ele, a nova embalagem é um meio de criar outras oportunidades no negócio e deixa a experiência como dica para demais comerciantes.

Legado

O casal veio de Caxias do Sul (RS) e explica que não encontrar sacolas nos mercados da cidade foi estranho no começo, mas achou a ideia muito importante. “Eu me preocupo com o futuro do país e o que a nossa geração deixará de legado para as próximas”, diz. Para ele, ter hábitos ecologicamente corretos depende, muito além dos comerciantes, da boa vontade da população.