Pesquisa diz que momento ainda é de cautela na hora da compra

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Florianópolis | 24/06/2016 | 11:24

Informações: Fecomércio
Foto: Arquivo/Minutta

O mês de junho prevê a manutenção do cenário recessivo que se prolonga desde 2015, é o que aponta o resultado da Pesquisa do Índice de Confiança das Famílias (ICF), realizada pela Fecomércio. Esse é o terceiro mês seguido que o ICF atinge os menores níveis da série histórica (87,0), ocasionando quedas acentuadas nas vendas do comércio. O estudo apontou uma variação mensal (-5,2%) e anual (-17,8%) no indicador de confiança que cruza dados sobre a renda, acesso ao crédito e emprego.

Na comparação mensal, fica claro o declínio da intenção de consumo das famílias, só nos últimos três meses o indicador registrou recorrente queda - abril (97,3); maio (91,8) chegando aos 87 pontos em uma escala que vai até 200. Na variação anual chega ao recuo de 17,8%. Esse quadro reflete na variação negativa do volume de vendas do comércio catarinense que chegou a -6,7%, segundo dados do nstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pior resultado desde 2001, quando a pesquisa iniciou.

“Influenciaram a queda desse consumo a constante alta inflacionária, e os juros exorbitantes - que comprometem o acesso ao crédito - somados ao quadro de incertezas políticas. Esperamos que as novas ações na área econômica possibilitem ao país iniciar, ainda no segundo semestre, a retomada do consumo”, avalia o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt.

Apesar das famílias estarem otimistas em relação à renda, o consumo foi freado. Registrando variações negativas, a redução anual do acesso ao crédito chegou aos -24,2%, assim como o indicador que mede a perspectiva do consumo que alcançou o maior recuo em junho (-41,8%) em comparação ao ano passado.

“A perspectiva para o consumo não depende somente da renda atual, mas também do acesso ao crédito, da perspectiva profissional e do emprego atual. Como essas variáveis estão muito próximas da mínima histórica, a perspectiva de consumo também despenca. A certa estabilidade na renda atual contribui para amenizar a queda do consumo, especialmente dos bens não duráveis e semiduráveis, mas não a impede”, explica o economista da Fecomércio, Luciano Cordóva.